O aquecimento da economia brasileira não está restrito apenas às grandes empresas. As pequenas e médias também estão aproveitando o bom momento para crescer e o resultado é a grande oferta de oportunidades para os profissionais. Engano daqueles que enxergam apenas nas maiores organizações boas chances e benefícios para as carreiras.
Uma das principais vantagens está na própria estrutura das companhias. Por serem mais enxutas há maior exposição. “Em estruturas como essas, o profissional tem a chance de deixar a sua área de atuação à sua feição, além de garantir boa visibilidade perante superiores, diretores e proprietários”, afirma Marcela Esteves, especialista em recrutamento da Robert Half.
Outra característica das pequenas e médias empresas é a possibilidade do profissional circular pelas diferentes áreas da companhia. “Além da exposição às outras áreas, as empresas deste porte permitem que o profissional entenda o negócio como um todo e visualize os processos de forma próxima, além de propiciar uma visão mais ampla o que é um ótimo aprendizado”, Fábio Saad, gerente sênior da Robert Half.
Diferente de grandes empresas, nas organizações de porte menor é possível observar um índice inferior de burocracia e maior possibilidade de crescimento e alavancagem de carreira por serem flexíveis e com menos hierarquização. “Se por um lado, os salários podem ser cerca de 20% mais baixo, por outro se um gerente leva até sete anos para se tornar um diretor em uma grande empresa, nas pequenas e médias, em três ou no máximo cinco anos é possível isso acontecer”, destaca Saad.
As posições mais freqüentes no mercado brasileiro são para executivos de áreas como controladoria, planejamento financeiro e tesouraria. São funções elementares para que as empresas executem os planos de expansão como fusões, aquisição ou abertura de capital. A área de recursos humanos também apresenta alta demanda, pois é o momento em que essas empresas passam por uma redefinição de seus tamanhos e também das políticas coorporativas.
Há um movimento considerável de multinacionais entrando no Brasil. Como as equipes no primeiro momento são pequenas, normalmente o primeiro profissional é um diretor comercial ou diretor geral com esse perfil e depois novamente a demanda por executivos de finanças e recursos humanos
Para Saad, há muitas possibilidades e oportunidades para os profissionais nas pequenas e médias empresas. O especialista alerta, no entanto, que é preciso antes de tomar decisões avaliar de forma criteriosa o cenário em que as empresa está inserida, o potencial de crescimento da companhia no setor, o momento econômico do segmento, o grau de inovação da empresa para que ela permaneça sólida e a possibilidade da organização receber investimentos internacionais “Por serem empresas menores, é natural que as oscilações tenham mais impacto do que grandes companhias, por isso é importante esta análise detalhada”, explica.
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