sexta-feira, 5 de setembro de 2014

PESQUISA OPERACIONAL

MÉTODO SIMPLEX
Ø  O método simplex é um algoritmo criado para se obter a solução algebricamente.
Ø  Um algoritmo é um processo onde um procedimento sistemático é repetido (iterado) seguidamente até que o resultado desejado seja obtido.
Ø  Cada percurso do procedimento sistemático é chamado de iteração.
Ø  Conseqüentemente, um algoritmo substitui um problema difícil por uma série de outros fáceis.
Ø  Além das iterações, os algoritmos também incluem um procedimento de dar início e um critério para determinar quando parar.
Ø  Seqüência finita de passos que se seguidas levam ao objetivo procurado.
Ø  É necessário conhecer o método para se interpretar melhor os resultados.
Ø  Utiliza-se o exemplo que foi resolvido graficamente para se acompanhar os passos.
Ø  Se o conjunto de possibilidades fosse formado por igualdades seria mais fácil resolver o sistema que o forma.
Ø  Pode-se acrescentar uma variável não negativas (para ficarem na forma padrão) a cada restrição do modelo padrão de tal forma que as desigualdades sejam sempre atingidas.
Ø  Estas variáveis são chamadas de variáveis de folga.
Ø  As variáveis devem ser controladas, ou seja, são escolhidas pelo decisor de tal forma a atingir a igualdade nas restrições.
Ø  As variáveis de folga aumentam os graus de liberdade do sistema (infinitas soluções).
Ø  O poder que se tem sobre as variáveis deve ser usado para atingir o objetivo procurado.

Procedimento do Método Simplex (problemas de maximização)
1º passo – Introduzir as variáveis de folga; uma para cada desigualdade.
2º passo – Montar um quadro para os cálculos, colocando os coeficientes de todas as variáveis com seus respectivos sinais e, na última linha, incluir os coeficientes da função objetivo transformada.
3º passo – Estabelecer uma solução básica inicial, usualmente atribuindo valor zero às variáveis originais e achando valores positivos para as variáveis de folga.
4º passo – Como próxima variável a entrar na base, escolher a variável não-básica que fornece, na última linha, a maior contribuição para o aumento da função objetivo (ou seja, tem o maior valor negativo). Se todas as variáveis estão fora da base tiverem coeficientes nulos ou positivos nessa linha, a solução atual é ótima. Se alguma dessas variáveis tiver coeficiente nulo, isto significa que ela pode ser introduzida na base sem aumentar o valor da função objetivo. Isso quer dizer que temos outra solução ótima, com o mesmo valor da função objetivo.
5º passo – Para escolher a variável que deve deixar a base, deve-se realizar o seguinte procedimento:
                    Dividir os elementos da última coluna pelos correspondentes elementos positivos da coluna da variável que vai entrar na base. Caso não haja elemento algum positivo nessa coluna, o processo deve parar, já que a solução seria ilimitada.
  
b                  O menor quociente indica a equação cuja respectiva variável básica deverá ser anulada, tornando-se variável não-básica.
6º passo – Empregando operações válidas com as linhas da matriz, transformar o quadro de cálculos de modo a encontrar a nova solução básica. A coluna da nova variável básica deverá se tornar um vetor identidade, no qual o elemento 1 aparece na linha correspondente à variável que está sendo anulada.
7º passo – Retornar ao passo 4 para iniciar outra iteração.

EXEMPLOS


Existem 3 inequações, então, deveremos introduzir 3 variáveis de folga(X3, X4 E X5)


Z= 3X1 + 5X2 + 0X3 + 0X4 + 0X5
Z – 3X1 – 5X2 – 0X3 + 0X4 + 0X5 = 0
X1 + X3 = 4
X2 + X4 = 6

3X1 + 3X2 + X5 = 18

































X1 e x5 = 0

Resposta:
X3 = 4
X4 = 0
X2 = 6
Z = 30















A HISTÓRIA DO DÓLAR

A · H·I·S·T·Ó·R·I·A · D·O · D·Ó·L·A·R




A história do dólar norte-americano resume-se a uma longa evolução que livra a divisa norte-americana da desordem interna, transformando-a na primeira moeda internacional.
Jan Kregel
DURANTE a segunda metade do século XIX, a libra esterlina gozava da primazia como moeda internacional. De todas as suas possíveis rivais, o dólar norte-americano parecia ser a moeda que tinha menos possibilidades de substituí-la. Os EUA eram um devedor internacional não muito confiável, que necessitava de um banco central e, inclusive, de um sistema monetário unificado. A preponderância do dólar' só se impôs no século XX, depois de uma história longa e inverossímil que deu lugar, finalmente, à criação de um organismo bancário central, a Reserva Federal, e converteu o dólar em uma moeda nacional garantida pelo governo federal.
Ao contrário dos sistemas monetários europeus, a Constituição dos EUA, adotada em 1789, nunca outorgou a exclusividade de emissão de moedas e notas ao governo federal. A falta de uma legislação monetária clara deu lugar a uma infinidade de meios de pagamento que circulavam praticamente sem nenhum controle ou respaldo de um organismo bancário central. Nessa situação caótica, as moedas estrangeiras tiveram curso legal até 1857, e ainda em 1901 uma mina de prata de Oregon continuava cunhando suas próprias moedas de prata para "uso comercial".
Como vários estados da União se encontravam na bancarrota por não poderem honrar suas emissões de papel-moeda, foram proibidos de emitir. Porém, nada os impedia de criar bancos, e estes podiam colocar cédulas em circulação livremente. Assim, o estado de Kentucky fundou um banco privado, do qual era o único proprietário, e começou a efetuar pagamentos com suas cédulas. Essa tradição individualista em questões monetárias deu lugar a uma atividade bancária "descontrolada", que se desenvolveu amparada por leis estatais muitas vezes extremamente complacentes (free banking laws) e que autorizavam qualquer indivíduo ou associação a abrir um banco e emitir cédulas, sem autorização ou controle algum.
A inexistência de um banco nacional obrigava o governo federal a fazer todas as suas transações através de estabelecimentos privados ou em espécie. Em 1840, o presidente Martin Van Buren criou o "sistema de Tesouro independente", que se ocupou das operações financeiras do governo através de suas agências abertas em todo o território nacional. Mas o Tesouro não era um banco e não podia, portanto, emitir cédulas; todos os lucros e despesas governamentais tinham que ser efetuados em ouro ou prata. O Estado não podia custear desembolsos que ultrapassassem os impostos arrecadados, a não ser que recorresse à emissão de obrigações subscritas em ouro.
OS GREENBACKS
As necessidades de financiamento da Guerra de Secessão (1861-65) deram origem a diversas disposições monetárias que permaneceram vigentes até o final do século. O Tesouro começou por emitir "notas à vista" (demand notes), que não tinham curso legal, mas eram conversíveis em ouro. Não obstante, a escassez de reservas de ouro do Tesouro obrigou a suspender imediatamente a conversibilidade, e até o fim da guerra o financiamento pôde ser feito graças à emissão de notas do Tesouro (US Notes), respaldadas apenas na boa-fé e na reputação do governo. Elas eram chamadas popularmente de "notas verdes" (greenbacks), nome que ainda hoje o dólar norte-americano tem em todo o mundo.
A emissão das "notas verdes" estava limitada a 433 milhões, mas devido às crescentes dificuldades para obter empréstimos e ao crescimento dos gastos o secretário do Tesouro, Salman P. Chase, decidiu-aplicar em todo o país o sistema de livre criação de bancos, autorizado por uma lei de 1869, a National Bank Act. Essa lei autorizava qualquer grupo de cinco pessoas a constituir uma "associação bancária nacional"e emitir notas correspondentes a suas obrigações do governo federal, depositadas junto ao Controlador da Moeda.
Para impedir a concorrência entre essas notas e as dos bancos estaduais, estes últimos tinham que pagar uma taxa de 10%, o que logo os levou a sair de circulação. Os bancos estaduais contra-atacaram, oferecendo serviços de pagamento por cheque contra as contas em depósito, o que se mostrou um atraente substituto para as emissões dos bancos privados.
Assim, no fim da Guerra de Secessão a extraordinária diversidade de formas de pagamento, representando as obrigações de milhares de bancos, haviam-se reduzido às "notas verdes" e às notas dos bancos privados (chamados national banks), que não podiam ser convertidas em metal, mas cujo número estava estritamente limitado. Nos EUA a oferta monetária ficava rigidamente fixada; não podia se ajustar às flutuações dos câmbios, nem às freqüentes ondas de pânico desencadeadas pela falência dos bancos carentes de regulamentação (dois anos depois da aplicação do sistema de livre criação de bancos, em Michigan, por exemplo, os 40 estabelecimentos bancários existentes haviam falido).


CICLOS AGRÍCOLAS E ESCASSEZ DE NUMERÁRIO
Por tratar-se de um país agrário, as necessidades de moeda dependiam do ciclo da colheita. Quando os agricultores vendiam seus produtos, os depósitos se acumulavam nos bancos das regiões agrícolas e provocavam uma escassez de fundos nos bancos das regiões industriais do Leste. Os national banks, não podendo ter sucursais, careciam de um mecanismo para canalizar os recursos excedentes. Como não havia um banco central para emprestar reservas, não havia nenhum meio de enfrentar essas flutuações, exceto mediante a modificação brutal das taxas de juros e a declaração de falências dos bancos. Essa situação, agravada pela grande absorção de numerário de um Tesouro independente e a falta de uma regulamentação bancária estrita, provocava instabilidade extrema e freqüentes crises.
Para muitos,essa instabilidade devia-se à falta de numerário, que beneficiava os que estavam interessados em que a prata fosse a base do sistema monetário norte-americano Foi assim que William Jennings Bryan lançou um movimento em favor da "prata livre" (free silver movement), com o objetivo de poder cunhar livremente esse metal como dinheiro legal. Em 1878 a lei Bland-Allison autorizou os bônus de prata do Tesouro, que se converteram em dinheiro legal em 1886. Em 1890 a Sherman Silver Act praticamente obrigava o Tesouro a adquirir a produção total das minas de prata dos EUA. Em 1882 foram adotadas medidas similares para os bônus de ouro, mas nenhuma delas deu à circulação monetária a flexibilidade esperada.
Esse sistema criou graves dificuldades não só internas, como também internacionais. Na verdade, a única maneira de compensar os câmbios da demanda interna de numerário eram as operações no mercado mundial; estas, por sua vez, provocavam uma instabilidade no funcionamento do sistema monetário internacional. Isso foi o que aconteceu em 1893, quando se propagou bruscamente o medo de os EUA não respeitarem a conversão da dívida pública em ouro, saldando-a, ao invés disso, em prata, cujo preço nos mercados internacionais estava caindo, o que provocou uma fuga de ouro incontrolável e a falência de diversos bancos.

NASCIMENTO DA RESERVA FEDERAL
A fuga de ouro foi contida com a Gold Standard Act de 1900, que pôs fim ao bimetalismo, ajustou o dólar com firmeza ao padrão-ouro e obrigou os bancos privados a terem um respaldo nesse metal para a emissão de notas. A quantidade de ouro nas mãos do público triplicou entre 1899 e 1910, como aliás a do Tesouro. O montante de ouro da reserva mundial correspondente aos EUA passou de 15' a 30%, ao mesmo tempo em que muitos outros países (Áustria-Hungria, Rússia, Japão...) adoraram também o padrão-ouro.
À medida que a oferta se desacelerou, a acumulação de ouro nos EUA causou mais dificuldades do que a fuga desse metal, em particular porque o ouro que entrava no Tesouro só podia ser utilizado para financiar o déficit do balanço de pagamentos (que apresentava então um superávit). O Tesouro, por ser um sistema independente, não estava apto a utilizar seu ouro como respaldo para emitir dinheiro nem para servir como credor de última instância.
Em 1907, os legisladores começaram a considerar a criação de uma instituição nacional que pudesse enfrentar as flutuações da demanda monetária de outra maneira que não a absorção de ouro do exterior. Essa instituição foi finalmente criada pela Federal Reserve Act adotada em 1913.
O território norte-americano, por aquela lei, foi dividido em 12 distritos, cada um com seu banco federal de reserva, cujo capital estava subscrito pelos privados que se viam, assim, forçados a aderir ao sistema. Este entrou em funcionamento no dia 2 de novembro de 1914. Os bancos federais foram autorizados a emitir um novo tipo de moeda, as notas da Reserva Federal, que era dinheiro legal para todas as dívidas e obrigações, tanto dos bancos quanto do governo dos EUA.
Essas novas notas deviam substituir as dos bancos privados, e a dívida que tinha servido de respaldo para estes deveria ser recolhida e paga com notas da Reserva Federal. A emissão estava lastreada em ouro em pelo menos 40 %, e o restante por valores comerciais e outros ativos idôneos adquiridos, mediante desconto, dos bancos privados. Desse modo, supria-se a necessidade de criar um meio flexível de pagamento, que pudesse aumentar ou diminuir a oferta de moeda em função das exigências dos intercâmbios e da situação do sistema bancário. Um banco associado com escassez de divisas podia adquiri-ias descontando ativos em troca de cédulas da Reserva Federal.
Mas o Conselho da Reserva Federal, com sede em Washington e nomeado pelo presidente da República, exercia uma tutela problemática sobre os bancos federais, cujos proprietários e diretores eram banqueiros privados. Como não estava claro de quem dependia a política monetária, 'cabia aos banqueiros sempre a última palavra.
No entanto, as duas condições necessárias para a ulterior supremacia internacional do dólar já existiam: a acumulação nos EUA de uma parte considerável da reserva mundial de ouro, o que obrigou o sistema monetário internacional a adotar um padrão-ouro de câmbio, e a unificação da moeda nacional, emitida por uma só autoridade com poder para atuar como garantidor de última instância.
A I Guerra Mundial debilitou o poder do Reino Unido, e a moeda norte-americana entrou no período de pós-guerra com uma paridade em relação ao ouro superior à da libra esterlina. Além disso, a economia dos EUA, após uma breve recessão, conheceria o período de prosperidade chamado de "os anos loucos da década de 20", época áurea do rádio e do automóvel.
O CRAQUE DE 29
A entrada maciça de capitais de investimento nos EUA, provocada no início pelo crescimento rápido da atividade econômica e pela prosperidade do mercado acionário e, depois; pelas elevadas taxas de juros aplicadas com a intenção de pôr fim à especulação em Wall Street, acabou com a estabilidade das taxas de câmbio. O craque da Bolsa em 1929 provocou inúmeras falências bancárias, que a Reserva Federal não pôde compensar. A derrocada dos valores de investimento levou a uma depressão mundial.
As provas inegáveis da generalização da fraude bancária, vindas à tona com esse desastre, evidenciaram as deficiências na função controladora exercida pela Reserva Federal e em sua capacidade de orientar a política monetária, a fim de proteger da falência até os bancos mais bem administrados. Uma série de medidas - nacionalização do ouro, desvalorização do dólar a 35 dólares a onça de ouro etc. - assim como a Banking Act de 1935, que reforçava as atribuições do Conselho da Reserva Federal, deu lugar finalmente à criação de um sistema com atribuições equivalentes às de um banco central europeu.
Assim, o período entreguerras serviu para consolidar o poder da reserva monetária dos EUA e a estrutura de seu sistema financeiro. A partir desse momento, os EUA estavam preparados para tomar a frente de Londres no sistema internacional. Com a II Guerra Mundial, o Reino Unido passou da posição de credor a devedor internacional. Os EUA tornaram-se o maior credor do mundo do pós-guerra. Todos os países que desejavam comprar mercadorias para a reconstrução tinham que adquirir dólares, o que transformou a moeda norte-americana na primeira moeda internacional.
(Traduzido por Francisco José V. N. Vieira)
________________________________________________________
1. O dólar tornou-se uma unidade monetária por decisão do Congresso dos EUA em 1785. Sua base era a piastra-do-lera da América Latina, cujo nome deriva do thaler alemão.
2. No sistema do padrão-ouro, que prevaleceu até a I Guerra Mundial, as moedas, definidas por um peso em ouro, podiam ser convertidas livremente nesse metal. Os países que aderiam a esse sistema deviam manter reservas de ouro suficientes para garantir a conversão de suas moedas. No sistema de padrão-ouro de câmbio, as reservas consistem essencialmente em divisas que, por sua vez, podem ser convertidas em ouro.



FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE

FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE

1 – A CONTABILIDADE

         É uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do Patrimônio da empresa.

·        Conceito
·        Aplicação da contabilidade
·        Usuários da contabilidade
·        Para que é mantida a contabilidade
·        O profissional contábil

·        Pilares da contabilidade



·  Conceito 
         A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões, dentro e fora da empresa. Utilizada pelos governantes, como forma de arrecadação dos impostos, conseqüentemente tornando-a obrigatória para as empresas.
         Não deve ser feita visando atender somente exigências do governo e sim auxiliar na tomada de decisões.
         Registra todas as movimentações possíveis de mensuração monetária, que resume os dados registrados em forma de relatórios, que é a base de análise e tomada de decisões.

·  Aplicação da Contabilidade
         Pode ser aplicada para todas as empresas de modo geral ou, aplicada a determinado ramo de atividade ou setor da economia:
-         Comerciais
-         Industriais
-         Públicas
-         Bancárias
-         Hospitalares
-         Agropecuárias
-         Seguros
-         Ambiental

·  Usuários da Contabilidade
         São as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa, e buscam as suas respostas:

-         Gerentes (administradores).
-         Investidores – aplicam suas economias, e estão interessados em obter o lucro.
-         Fornecedores – querem saber se a empresa tem condições de pagar suas dívidas.
-         Bancos – conceder empréstimos.
-         Governo – arrecadação de impostos.
-         Empregados, sindicatos, concorrentes, etc

Usuários da Informação Contábil





    ·  Para quem é mantida a Contabilidade
         A Contabilidade pode ser mantida para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.

-   Pessoa Física é a pessoa natural, todo indivíduo, sem exceção.
-   Pessoa Jurídica é a união de pessoas naturais que, através de contratos reconhecidos por lei, formam uma nova pessoa, denominada EMPRESA, com ou sem fins lucrativos.
 




    ·  O Profissional Contábil
         Técnico em Contabilidade e o Contador ou bacharel em Ciências Contábeis. Ambos podem, legalmente, ser responsáveis pela contabilidade da empresa, analistas de balanço, pesquisadores, etc.
         O Contador, porém, está habilitado a exercer outras atividades não cabíveis ao TC:
-         Auditoria: exame e verificação da exatidão dos procedimentos contábeis.
-         Perícia Contábil: investigação contábil de empresas motivada por uma questão judicial.
-         Professor de Contabilidade: Curso superior, com pós-graduação.

    ·  Pilares da Contabilidade
         São as regras básicas da Contabilidade e divide-se em: postulados (fatos), princípios e convenções contábeis.

. Princípios Fundamentais de Contabilidade (resolução n° 750 do CFC)

O Princípio da Entidade
Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular (patrimônio dos seus sócios ou acionistas).

O Princípio da Continuidade
Ter vida definida

O Princípio da Oportunidade
Integridade do registro  do patrimônio e das suas mutações.

O Princípio do Registro pelo Valor Original
OS componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações.

O Princípio da Atualização Monetária
Efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis.

  
O Princípio da Competência
As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorreram.

O Princípio da Prudência
Adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os do Passivo.

. Convenções Contábeis

Convenção Contábil da Materialidade
Não deve perder tempo com registros irrelevantes.

Convenção Contábil da Consistência
Critérios adotados para os registros de atos e fatos administrativos não devem mudar freqüentemente.

Convenção Contábil do Conservadorismo
Princípio da Prudência.






2 – PATRIMÔNIO 
         É um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa, avaliado em moeda.

    ·  Conceito
         O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se também de valores a receber. Por isso, em contabilidade esses valores a receber são denominados direitos a receber, ou simplesmente direitos. Apenas evidenciando os bens e direitos, não podemos identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou empresa. Será necessário evidenciar as obrigações (dívidas) referentes aos bens ou direitos.
         Em Contabilidade, portanto, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa e, por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.




                         ATIVO                                                           PASSIVO
                            ou                                                                    ou
                  Patrimônio Bruto                                               Capital Alheio
                            ou                                                                    ou
                   Capital Aplicado                                             Passivo Exigível
                            ou                                                                    ou
                Recursos Aplicados                                    Capital de Terceiros
                            ou                                                                    ou
          Aplicações de Recursos                                    Recursos de Terceiros
                                                                                               
               



    ·  Bens
         Entendem-se por Bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e das empresas.
         Se os bens possuem forma física (palpáveis), são denominados Bens Tangíveis (veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc.
         Se os bens não possuem matéria (incorpóreos) são denominados Bens Intangíveis (marcas, patentes de invenção – direito exclusivo de exploração).

O Código Civil brasileiro distingue os bens em:

-   Bens Imóveis – vinculados ao solo, que não podem ser retirados em  destruição ou danos: edifícios, construções, árvores, etc.
-   Bens Móveis – podem ser removidos por si próprio ou outras pessoas: animais, máquinas, equipamentos, estoque de mercadorias, etc.

    ·  Direitos
         Entende-se por direito ou direito a receber o poder de exigir alguma coisa, ou seja, valores a receber, títulos a receber, contas a receber, etc.
         Após um mês de trabalho, você tem direito de receber o seu salário, assim salários a receber é um direito.
         Em relação a empresa, o direito a receber mais comum decorre da venda a prazo (duplicatas a receber).

    ·  Obrigações
         São dívidas com terceiros, denominadas Obrigações Exigíveis, ou seja, compromissos que serão reclamados, exigidos no respectivo vencimento.
         Tipos de obrigações mais comuns:
-         Empréstimos bancários – Empréstimos a Pagar;
-         Compra de Mercadorias a Prazo – Fornecedores ou Duplicatas a Pagar;
-         Salários a Pagar;
-         Impostos a Pagar ou Recolher;
-         Financiamentos;
-         Encargos Sociais a Pagar;
-         Aluguéis a Pagar;
-         Contas a Pagar, etc.


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

BENS + DIREITOS                            OBRIGAÇÕES

                         Bens                                                           Obrigações
   
                       Direitos                                                         
    

3 – SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS:


          Para que a representação gráfica do Patrimônio esteja completa, é preciso representar os elementos que o compõem com os seus respectivos valores.
         Para isso, devemos acrescentar novos elementos na representação gráfica do Patrimônio:

· O Patrimônio Líquido juntamente com os Bens, Direitos e as Obrigações, completará a referida representação gráfica do Patrimônio, permitindo que o total do lado esquerdo seja igual ao total do lado direito, dando-lhe forma de equação.
         Considerando cada um dos elementos que representam os Bens e os Direitos, com seus respectivos valores, temos o total do Ativo:

Bens
     Caixa............................................................. 30,00
     Móveis........................................................... 50,00
     Estoque de Mercadorias................................ 20,00
          Total.........................................................100,00
Direitos
     Duplicatas a Receber.....................................  40,00
     Promissórias a Receber.................................   10,00
          Total.........................................................   50,00

Total do Ativo..................................................  150,00
       
 Procedendo da mesma forma com os elementos que representam as Obrigações, temos:

Obrigações
     Duplicatas a Pagar.........................................   35,00
     Salários a Pagar.............................................    15,00
     Impostos a Pagar...........................................    30,00
          Total.......................................................     80,00

Total das Obrigações..........................................   80,00

         O total dos Bens mais o total dos Direitos menos o total das Obrigações denomina-se Situação Líquida Patrimonial.  Logo:

Ativo...............................  150,00
(menos) Obrigação..........   80,00
.........................................   70,00     =   Situação Líquida Patrimonial

BENS + IREITOS - OBRIGAÇÓES = SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL 

 No gráfico utilizado para representar o Patrimônio, a Situação Líquida Patrimonial é colocada sempre do lado direito. Ela deve ser somada às Obrigações (ou diminuída), de modo a igualar o lado do Passivo com o lado do Ativo, dando-lhe forma de equação patrimonial:





Obs.: A partir de agora passaremos a representar o Patrimônio através do mesmo gráfico em forma de
T,  porém com o título apropriado de Balanço Patrimonial. 



3.1 – Situação Líquidas Patrimoniais Possíveis:

a)   Ativo maior que Passivo

Exemplo:
Bens..........................................  200,00
Direitos....................................   100,00
Obrigação................................   180,00

PATRIMÔNIO

ATIVO                           


                                PASSIVO

Bens
 200,00

                   Obrigação
        180,00
Direitos
 100,00

         (+) Situação Líquida
        120,00





Total
 300,00

                                    Total
       300,00




Neste caso, a Situação Líquida chama-se:
   . Situação Líquida Positiva – total dos elementos positivos supera elementos negativos.
   . Situação Líquida Ativa – total do Ativo supera total do Passivo.
   . Situação Líquida Superavitária – por ser uma situação positiva.

ATIVO  >  PASSIVO         SITUAÇÃO LÍQUDA POSITIVA

a)   Ativo menor que Passivo

Exemplo:
Bens..........................................  200,00
Direitos....................................   100,00
Obrigação................................   340,00

PATRIMÔNIO

ATIVO


                                    PASSIVO

Bens
 200,00

                Obrigação
             340,00
Direitos
 100,00

                (-) Situação Líquida
              (40,00)





Total
 300,00

                Total
             300,00



Neste caso, a Situação Líquida chama-se:
   . Situação Líquida Negativa – total dos elementos negativos supera elementos positivos.
   . Situação Líquida Passiva – total do Passivo supera total do Ativo.
   . Situação Líquida Deficitária – por ser uma situação negativa.
   . Passivo a Descoberto – o total do Ativo não é suficiente para cobrir o total do Passivo.

ATIVO  <  PASSIVO         SITUAÇÃO LÍQUDA NEGATIVA

b)  Ativo igual a Passivo

Exemplo:
Bens..........................................  200,00
Direitos....................................   100,00
Obrigação................................   300,00



PATRIMÔNIO

ATIVO


                                 PASSIVO

Bens
 200,00

          Obrigação
       300,00
Direitos
 100,00

          Situação Líquida
        -  





Total
 300,00

          Total
       300,00

Neste caso, o Ativo é inteiramente absorvido pelas Obrigações, e a Situação Líquida  é NULA, inexistente.

ATIVO  =  PASSIVO         SITUAÇÃO LÍQUDA NULA

a)    Ativo igual à Situação Líquida:

PATRIMÔNIO
ATIVO

PASSIVO
Bens
 100,00

        Obrigação
        -  
Direitos
 200,00

        Situação Líquida
 300,00





Total
 300,00

        Total
 300,00

Ocorre quando não há Obrigações e somente Bens e Direitos – Situação Líquida Positiva.

b)  Situação Líquida igual ao Passivo:

PATRIMÔNIO
ATIVO

PASSIVO
Bens
        -  

         Obrigação
          200,00
Direitos
        -  

         Situação Líquida
         (200,00)





Total
        -  

         Total
        -  

Ocorre quando não há Ativo, apenas Obrigações. Nesse caso, a Situação Líquida é Negativa.


4 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
        
         É o quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os Bens, os Direitos e as Obrigações, completará a Demonstração Contábil, denominada Balanço Patrimonial.
         O total do grupo Patrimônio Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da empresa.

PATRIMÔNIO

ATIVO

PASSIVO

Bens


        Obrigação

Direitos


        Patrimônio Líquido







O Patrimônio Líquido é composto pelos seguintes elementos (fonte de recursos):

· Capital – principal fonte do PL, representa a soma dos valores que o proprietário investiu na empresa.
· Reservas – correspondem a partes dos lucros que são retidos (reservadas) para determinados fins, como, por exemplo, Reserva Legal.
· Lucros ou Prejuízos Acumulados – principal objetivo das empresas ao final do exercício (período em que a empresa opera). No caso de Lucros, ele terá vários destinos, como Imposto de Renda, Contribuição Social, distribuição aos sócios, formação de Reservas, etc. A parte não distribuída ficará retida para futuras aplicações com o título de Lucros Acumulados.

5 - FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO

         Para se constituir uma empresa é preciso que se tenha, inicialmente um Capital.
         A palavra Capital é usada para representar o conjunto de elementos que o proprietário da empresa possuí para iniciar suas atividades.

Exemplo
Suponhamos que uma pessoa possui R$60 mil em dinheiro, para constituir uma empresa: os R$60 mil representa o Capital Inicial.

O Capital Inicial pode ainda ser composto por:
. Móveis
. Veículos
. Imóveis
. Promissórias a Receber

Uma pessoa deseja iniciar suas atividades e possua R$5 mil em Dinheiro e um Veículo no valor de R$60 mil, neste caso o Capital Inicial é de R$65 mil.

Este Capital é conhecido por:

. Capital
. Capital Inicial
. Capital Nominal
. Capital Subscrito 


·       PATRIMÔNIO LÍQUIDO

         È a medida eficiente da verdadeira riqueza, ou seja, parte que efetivamente sobra para o seu proprietário após somar Bens e Direitos e subtrair do total das Obrigações.

Patrimônio Líquido = Bens + Direitos (-) Obrigações




6 – ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO PATRIMÔNIO:

6.1 - Aspectos Qualitativos
                  Este aspecto consiste em qualificar (o que) os Bens, Direitos e Obrigações.

PATRIMÔNIO
          Bens:
-   Dinheiro
-   Veículos
-   Máquinas
         Direitos:
-   Duplicatas a Receber
-   Promissórias a Receber
          Obrigações:
-   Duplicatas a Pagar
-   Impostos a Pagar

Não basta conhecer os aspectos Qualitativos.

6.2-Aspectos Quantitativos
         Consiste em dar esses Bens, Direitos e Obrigações seus respectivos valores (quanto), levando-nos a conhecer o valor do Patrimônio da minha empresa.

     Bens:
-   Dinheiro.........................................................R$5.000,00
-   Veículos.......................................................R$50.000,00
-   Máquinas......................................................R$10.000,00
     Direitos:
-   Duplicatas a Receber......................................R$3.000,00
-   Promissórias a Receber...................................R$2.000,00
     Obrigações:
-   Duplicatas a Pagar..........................................R$8.000,00
-   Impostos a Pagar................................................R$500,00

Com essas informações é possível fazer uma idéia do tamanho do Patrimônio da empresa, pois ficou esclarecido o que  e  quanto a empresa tem em Bens, Direitos e Obrigações.

7 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO (ATIVO e PASSIVO):

         Até o momento não nos preocupamos na forma de apresentação do Patrimônio, porém, visando atender ao aspecto didático, e para tornar mais fácil a compensação do patrimônio, a partir de agora vamos representá-lo em um gráfico simplificado, em forma de T.











No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos.

          Patrimônio
Bens

Direitos






Do lado direito as Obrigações.

          Patrimônio

      
      Obrigações







Então, a representação gráfica do Patrimônio fica assim:

           Patrimônio
Bens
      Obrigações
Direitos





         Com isso, a Contabilidade atribui nomes aos elementos componentes do Patrimônio, dentro da lógica que a teoria contábil exige.
         Na representação gráfica apresentada temos, de um lado, os Bens e os Direitos, que formam o grupo dos elementos positivos e, do outro lado as Obrigações, que formam o grupo dos elementos negativos,  logo teremos os elementos positivos  e os  elementos negativos.

                                     PATRIMÔNIO
ELEMENTOS POSITIVOS
ELEMENTOS NEGATIVOS
Bens
      Obrigações
  . Móveis e Utensílios
      . Salários a Pagar
  . Estoque de Mercadorias
      . Duplicatas a Pagar
  . Caixa (dinheiro)
      . Impostos a Pagar
Direitos

  . Duplicatas a Receber

  . Promissórias a Receber




         O lado esquerdo é chamado lado positivo, pois os Bens e os Direitos representam, para a empresa a sua parte positiva, ou seja, o que ela tem efetivamente – Bens, e o que ela tem a receber – Direitos.
         O lado direito, por sua vez, é chamado lado negativo, pois as suas Obrigações representam a parte negativa da empresa, ou seja, o que ela tem a pagar.
         Os elementos positivos são denominados, ainda, componentes Ativos  e o seu conjunto forma o Ativo.
         Os elementos negativos são denominados, ainda, componentes Passivos  e o seu conjunto forma o Passivo.
         Mais dois nomes apareceram: Ativo e Passivo.

PATRIMÔNIO
                 ATIVO
                PASSIVO
Bens
      Obrigações
  . Móveis e Utensílios
      . Salários a Pagar
  . Estoque de Mercadorias
      . Duplicatas a Pagar
  . Caixa (dinheiro)
      . Impostos a Pagar
Direitos

  . Duplicatas a Receber

  . Promissórias a Receber




EXERCÍCIO

1 – Represente graficamente, após cada fato ocorrido, a Situação Patrimonial da empresa, considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico apresentado deve ser igual ao gráfico anterior, modificado pelas operações subseqüentes.

a)   Investimento inicial:
-   Em dinheiro R$200.000,00.
-   Em Móveis R$100.000,00.

b)   Compras efetuadas:
-   Mercadorias, em dinheiro R$50.000,00.
-   Veículos, a prazo, mediante aceite de Duplicatas R$130.000,00.

c)   Venda de Mercadorias, à vista, por R$20.000,00.
 
d)   Venda de Mercadorias, a prazo, mediante aceite de Duplicatas, por R$20.000,00.

e)   Empréstimo obtido junto ao Banco do Brasil, mediante emissão de Nota Promissória, no valor de R$80.000,00.

f)    Pagamento, em dinheiro, de uma Duplicata no valor de R$30.000,00.

g)   Recebimento, em dinheiro, de uma Duplicata no valor de R$10.000,00.


2) Identifique as operações que deram origem às Situações Patrimoniais a seguir representadas.
Considere o Patrimônio em evolução, isto é, compare o gráfico do item em análise sempre com o gráfico anterior e responda quais foram os fatos que provocaram tais modificações.

a)

Balanço Patrimonial


ATIVO

PASSIVO

Caixa
  24.000,00

        Capital
  24.000,00







Total
  24.000,00

        Total
  24.000,00












b)
Balanço Patrimonial

ATIVO

PASSIVO

Caixa
  24.000,00

        Duplicatas a Pagar
    6.000,00

Móveis
    6.000,00

        Capital
  24.000,00







Total
  30.000,00

        Total
  30.000,00












c)
Balanço Patrimonial

ATIVO

PASSIVO

Caixa
  10.000,00

        Duplicatas a Pagar
    6.000,00

Móveis
    6.000,00

        Capital
  24.000,00

Veículos
  14.000,00










Total
  30.000,00

        Total
  30.000,00












d)
Balanço Patrimonial

ATIVO

PASSIVO

Caixa
    4.000,00

        Capital
  24.000,00

Móveis
    6.000,00




Veículos
  14.000,00










Total
  24.000,00

        Total
  24.000,00







3) Considerando os dados abaixo, pode-se afirmar que a totalidade das operações realizadas no período compreenderam:

Balanço Patrimonial
ATIVO
2000
2001

PASSIVO
2000
2001
Caixa
      700,00
    7.400,00

        Fornecedores
    1.600,00
      600,00
Bancos
    1.600,00
    1.600,00

        Patrimônio Líquido
             -  
             -  
Dupl. Receber
    4.400,00
    2.000,00

        Capital
  10.000,00
  10.000,00
Veículos
    5.300,00
             -  

        Reservas
      400,00
      400,00







Total
  12.000,00
  11.000,00

        Total
  12.000,00
  11.000,00



a)     Recebimento de Duplicatas a Receber no montante de R$1.000,00 e pagamento de Duplicatas a Pagar no valor de R$2.400,00.

b)     Venda de Veículos por R$5.300,00 e Recebimento de Duplicatas no valor de R$2.400,00.

c)     Recebimento de Duplicatas a Receber no valor de R$2.400,00, para pagamento a Fornecedores no valor de R$1.000,00 e Venda de Veículos por R$6.000,00.

d)     Venda de Veículos por R$5.300,00, pagamento a Fornecedores no valor de R$1.000,00 e recebimento de Duplicatas a Receber no valor de R$2.400,00.

e)     Venda de Veículos por R$6.000,00, pagamento de Duplicatas a Receber no valor de R$1.000,00 e recebimento de Fornecedores no valor de R$2.400,00.




8 – ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

         A palavra Capital representa um elemento do grupo do Patrimônio Líquido e que, quando da constituição de uma empresa, representa os Bens com os quais o proprietário inicia suas atividades.
         Quando palavra Capital está acompanhada do objetivo total, compondo a expressão  Capital Total a disposição da empresa, ela representa os recursos totais de que a empresa dispõe.
Exemplo:

Balanço Patrimonial
ATIVO

PASSIVO
Caixa
      500,00

        Fornecedores
      350,00
Veículos
      300,00

        Capital
      800,00
Móveis
      100,00



Estoque de Mercadorias
      200,00



Duplicatas a Receber
        50,00








Total
    1.150,00

        Total
    1.150,00






Note que o Capital Nominal da empresa é de R$800,00 e o Capital à disposição da empresa ou Capital Total é de R$1.150,00.

8.1 – Passivo – Origem dos Recursos

         No lado do Passivo, são representados dois grupos de elementos patrimoniais:

· Obrigações: correspondem à parte do Patrimônio que a empresa deve para terceiros, também chamadas de Capitais de Terceiros.
São representadas por: Duplicatas a Pagar, Promissória a Pagar, etc.

· Patrimônio Líquido: é a parte do Patrimônio que pertencem ao proprietário da empresa. São os Capitais Próprios.
Podem se originar de duas fontes:
a)   Recursos do proprietário – capital inicial ou aumentos futuros.
b)   Lucros gerados pela própria empresa, e conseqüentemente Reservas.



8.2 – Ativo – Aplicação dos Recursos

         Os Capitais Próprios e de Terceiros, representados do lado do Passivo, são aplicados na empresa em Bens e Direitos, representados no lado do Ativo.

Exemplo:
Balanço Patrimonial
ATIVO

PASSIVO
Caixa
    1.100,00

     Duplicatas a Pagar
    1.000,00
Estoque de Mercadorias
    1.400,00

        Promissórias a Pagar
      500,00
Duplicatas a Receber
      700,00

        Capital
    1.700,00
Total
    3.200,00

        Total
    3.200,00


Com base no Gráfico acima, responda:

1 – Qual é o valor do Capital Nominal.

2 – Qual é o valor dos recursos totais à disposição da empresa.

3 – O Capital Próprio é de R$.....................

4 – O Capital de Terceiros é de R$.......................

5 – A Origem dos Recursos está:
     (   ) No Ativo     (   ) No Passivo

6 – A Aplicação dos Recursos está:
      (   ) No Ativo     (   ) No Passivo

Exercícios: Páginas 49 à 53. (Cont. Básica – Osni Moura Ribeiro – ATLAS)


9 – CONTAS

Conceito - é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (Despesas e Receitas).
A partir desse momento, passaremos a nos referimos a Conta e não mais a Elementos.


9.1 Classificação das Contas

         As contas podem ser classificadas em dois grupos:

a)   Contas Patrimoniais – que representam os Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido. Dividem-se em Ativo e Passivo e são elas que representam o Patrimônio da empresa num dado momento, através do Balanço Patrimonial.



Balanço Patrimonial
ATIVO

PASSIVO
Bens


       Obrigações

Caixa


       Duplicatas a Pagar

Veículos


       Promissórias a Pagar

Direitos


       Patrimônio Líquido

Duplicatas a Receber


       Capital

Promissórias a Receber


       Lucros Acumulados



b)  Contas de Resultado – São aquelas que representam as Despesas e as Receitas. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se no final do mesmo. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem apurar o resultado do exercício.

Despesas - decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços:
Ex.: consumo de energia elétrica, materiais de limpeza, materiais de expediente e a utilização dos serviços de telefonia, internet, etc.

Exemplos de Contas de Resultado:
· Água e Esgoto · Material de Expediente · Aluguéis Passivos      
· Juros Passivos · Café e Lanches · Luz
· Contribuição Previdenciária · Material de Limpeza
· Descontos Concedidos · Salários · Despesas Bancárias 
· Prêmios de Seguros · Fretes e Carretos · Telefone · Impostos




Receitas – decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. As mais comuns são:
           · Aluguéis/Juros Ativos · Vendas · Descontos Obtidos ·  Receitas de Serviços
    

Obs.: Mais informações sobre as contas de Resultado, nas páginas 56 e 57.
Exercícios: Páginas 57 à 59. (Cont. Básica – Osni Moura Ribeiro – ATLAS)


10 – NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Débito – Na representação gráfica em forma de T, que usamos para representar as contas que compõem o Balanço Patrimonial, o lado esquerdo é o lado do Débito,  com exceção das Contas Retificadoras.

Crédito - Na representação gráfica em forma de T, que usamos para representar as contas que compõem o Balanço Patrimonial, o lado direito é o lado do Crédito.

Observação:
1)   O lado do Ativo é igual a Débito porque as contas que o compõem são de natureza devedora (com exceção das Contas Retificadoras que, embora credoras, figuram no Ativo)
2)   O lado do Passivo é igual a Crédito porque as contas que o compõem são de natureza credora (com exceção das Contas Retificadoras, que, embora devedoras, figuram no Passivo)

11 – PLANO DE CONTAS

O Plano de Contas é um elenco de todas as contas previstas pelo setor contábil da empresa como necessárias aos seus registros contábeis.

Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas sempre obedecendo aos seus interesses e, principalmente pertinentes. Atualmente o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações).

Nas páginas 62 à 64, Plano de Contas Simplificados – poderá ser xerocado, para facilitar na solução de alguns exercícios.

Exercícios: Páginas 69 à 71. (Cont. Básica – Osni Moura Ribeiro – ATLAS)

EXERCÍCIO

1-Enumere as colunas:
( 1 ) Contabilidade
( 2 ) Aplicação da Contabilidade
( 3 ) Usuários da Contabilidade
( 4 ) É mantida  a Contabilidade
( 5 ) Profissional Contábil
( 6 ) Patrimônio
( 7 ) Bens
( 8 ) Direitos
( 9 ) Obrigações
( 10 ) Patrimônio Líquido
( 11 ) Aspectos qualitativos e quantitativos
( 12 ) Conta

(     ) Valores que a empresa tem a pagar à terceiros.
(   ) Abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas
       de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias, etc.
(    ) Pessoa natural, todo indivíduo, sem exceção. União de pessoas naturais que,
       através de contratos por lei, formam uma nova pessoa, denominada empresa,
       com ou sem fins lucrativos.
(     ) Consiste em qualificar e conhecer o valor do Patrimônio.
(  ) Ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente
        do Patrimônio da empresa.
(    ) Coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação
        econômica.
(    ) TC e o Contador ou Bacharel em Ciências Contábeis. Ambos podem,
        legalmente , ser responsáveis pela contabilidade da empresa, analistas de
        balanço, pesquisadores, etc.
(    ) Valores que a empresa tem a receber de terceiros.
(   ) Medida eficiente da verdadeira riqueza, ou seja, parte que efetivamente

sobra ara o seu proprietário ( bens + direitos – obrigações).
(     ) Interessam pela situação da empresa, e buscam as suas respostas para o seu
       proprietário.
(   ) Conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa, avaliado em moeda.
(     ) Componentes patrimoniais e elementos de resultado.

Assinale a seqüência correta:

( a ) 6 , 4, 5, 12, 2, 10, 7, 8, 3, 9, 1, 11
( b ) 12, 10, 7, 3, 5, 8, 1, 6, 2, 4, 11, 9
( c ) 7, 11, 12, 5, 4, 9, 8, 3, 6, 10, 2, 1
( d ) 9, 2, 4, 11, 1, 7, 5, 8, 10, 3, 6, 12

2- Abaixo, os componentes patrimoniais de determinada empresa:
. Dinheiro em caixa.....................................  50.000,00
. Bens para revenda...................................... 90.000,00
. Impostos a Recolher................................... 15.000,00
. Títulos a pagar............................................ 55.000,00
. Capital Social............................................. 95.000,00
. Veículos em uso........................................  40.000,00
. Dívidas com fornecedores.........................  35.000,00
. Títulos a Receber.......................................  60.000,00

Com os dados acima, pode-se afirmar que o Capital Próprio e o Capital Alheio (Terceiros) neste patrimônio são, respectivamente:

( a ) 95.000,00 e 105.000,00
( b ) 135.000,00 e 90.000,00
( c ) 135.000,00 e 105.000,00
( d ) 240.000,00 e 200.000,00




3- A empresa Cascata comprou uma máquina por 350.000,00 em 5 prestações iguais, sendo uma entrada no ato da compra e quatro pagamentos mensais. Após a contabilização da operação, o patrimônio da empresa sofreu a seguinte alteração?

( a ) diminuiu o Ativo em 70.000,00 e aumentou o Passivo em 280.000,00.
( b ) aumentou o Ativo em 280.000,00 e aumentou o Passivo em 280.000,00.
( c ) aumentou o Ativo em 280.000,00 e aumentou o Passivo em 350.000,00.
( d ) aumentou o Ativo em 350.000,00 e aumentou o Passivo em 280.000,00.



4- Assinale a alternativa que contém as informações corretas extraídas do seguinte Balanço Patrimonial:


                            Balanço Patrimonial                      
ATIVO

PASSIVO

  . Caixa
         5.000,00
  .      Fornecedores
      12.000,00
  . Duplicatas a Receber
      10.000,00
  .      Capital
      26.000,00
  . Estoque
      20.000,00


  . Móveis e Utensílios
         3.000,00


Total
      38.000,00
Total
      38.000,00






( a ) Recursos totais, 38.000,00; Capital Próprio, 12.000,00.
( b ) Aplicação de Recursos, 38.000,00; Capital de Terceiros, 26.000,00.
( c ) Capital Próprio, 26.000,00; Capital de Terceiros, 12.000,00; Aplicações de
        Recursos, 38.000,00; Recursos Totais, 38.000,00.
( d ) Recursos Totais, 38.000,00, Aplicações, 5.000,00.

  

5- Represente graficamente, após cada fato ocorrido, a Situação Patrimonial da empresa, considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico apresentado deve ser igual ao gráfico anterior, modificado pelas operações subseqüentes.

a)   Investimento inicial:
-   Em dinheiro R$20.000,00.
-   Em Imóveis R$60.000,00.

b)   Compras efetuadas:
-   Móveis e Utensílios, à vista, R$3.000,00.
-   Veículos, a prazo, R$25..000,00.
-   Mercadorias, a prazo, R$30.000,00

c)   Venda de Mercadorias, à vista, por R$5.000,00.
 
d)   Venda de Mercadorias, a prazo, por R$20.000,00.

e)   Empréstimo obtido junto ao Banco, mediante emissão de Nota Promissória, no valor de R$80.000,00.

f)    Pagamento, em cheque, 50% das Mercadorias adquiridas (item b).

g)   Recebimento, em dinheiro, 20% da venda de Mercadorias (item d)

h)   Pagamento, em dinheiro, o valor correspondente a compra do Veículo.

i)     Pagamento de 50%, em cheque, do Empréstimo adquirido (item e).

Com esses dados, podemos afirmar que o Capital Próprio, o Capital de Terceiros, os Recursos Totais e as Aplicações Totais são, respectivamente:

( a )  80.000,00; 55.000,00; 135.000,00; 135.000,00
( b )  80.000,00; 40.000,00; 135.000,00;   15.000,00
( c )  40.000,00; 80.000,00, 135.000,00; 135.000,00
( d ) 80.000,00; 135.000,00;  55.000,00; 135.000,00


 12 – ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

         O Patrimônio das empresas está em constante movimento em função dos acontecimentos que ocorrem diariamente. Esses acontecimentos podem ser divididos em dois grupos:

12.1 – ATOS ADMINISTRATIVOS

         São os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no Patrimônio.

Exemplos:
Admissão de empregados, assinaturas de contratos de compras e vendas, seguros, etc.

         Entretanto, alguns atos administrativos poderão provocar alterações futuras no Patrimônio da empresa. Por esse motivo, devem ser registrados através das Contas de Compensação (Contas Extrapatrimoniais).

Exemplos:
Seguros Contratados (Ativo)         Contratos de Seguros ( Passivo)
Títulos em Cobrança (Ativo)         Endossos para Cobrança (Passivo)

12.2 – FATOS ADMINISTRATIVOS

         São os acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.

         Por modificarem o Patrimônio, devem ser contabilizados através das Contas Patrimoniais e das Contas de Resultado.

  Os fatos administrativos podem ser classificados em três grupos:

· Fatos Permutativos
· Fatos Modificativos
· Fatos Mistos



Observação:
Para facilitar cada tipo de Fatos Administrativo, partiremos de uma situação patrimonial a seguir representada (Balanço Patrimonial), que será modificada com a ocorrência de cada um dos fatos administrativos:

Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO




ATIVO CIRCULANTE

          PASSIVO CIRCULANTE

  . Caixa
      1.000,00
           . Salários a Pagar
        300,00
  . Imóveis
      2.800,00


  . Duplicatas a Receber
        500,00
          PATRIMÔNIO LÍQUIDO



          . Capital
      3.200,00


          . Lucros Acumulados
        800,00




TOTAL ATIVO
      4.300,00
               TOTAL PASSIVO
      4.300,00






12.2.1 – Fatos Permutativos

         São aqueles que permutam os elementos componentes do Ativo e/ou do Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido. Pode ocorrer troca entre os elementos do Ativo, entre os elementos do Passivo e entre ambos ao mesmo tempo, ou seja, somente Contas Patrimoniais.

a)   Permutação entre elementos ativos:

São aqueles que permutam elementos componentes apenas do Ativo, provocando ao mesmo tempo, aumento e diminuição entre elementos do Ativo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido.

b)  Permutação entre elementos passivos:

São aqueles que permutam elementos componentes apenas do Passivo, provocando ao mesmo tempo, aumento e diminuição entre elementos do Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido.




c)   Permutação entre elementos do Ativo e do Passivo:

São aqueles que permutam elementos componentes do Ativo e Passivo, podendo acarretar ao mesmo tempo, aumento ou diminuição na Situação Patrimonial (Ativo/Passivo), sem modificar o valor do Patrimônio Líquido.

12.2.2 – Fatos Modificativos

         São aqueles que acarretam alterações, para mais ou para menos, no Patrimônio Líquido, ou seja, terá que envolver Contas de Resultado e , somente uma conta Patrimonial.

12.2.3 – Fatos Mistos

         Envolve ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo. Pode, portanto, acarretar alterações no Ativo e no Patrimônio Líquido, ou no Passivo e no Patrimônio Líquido, ou no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido ao mesmo tempo. Estas alterações poderão acarretar aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido.


Exercício

Para facilitar cada tipo de Fatos Administrativo, partiremos de uma situação patrimonial a seguir representada (Balanço Patrimonial), que será modificada com a ocorrência de cada um dos fatos administrativos:

Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO




ATIVO CIRCULANTE

            PASSIVO CIRCULANTE

  . Caixa
      1.000,00
        . Salários a Pagar
        300,00
  . Imóveis
      2.800,00


  . Duplicatas a Receber
        500,00
            PATRIMÔNIO LÍQUIDO



        . Capital
      3.200,00


        . Lucros Acumulados
        800,00




TOTAL ATIVO
      4.300,00
                    TOTAL PASSIVO
      4.300,00


1)    Recebimento da importância de R$500,00, em dinheiro, referente a uma Duplicata.
2)    Transferência de 10% da conta Salários a Pagar, para a conta própria de Impostos a Recolher, valor este retido dos empregados, mas ainda não pago.
3)    Compra de Móveis e Utensílios, a prazo, no valor de R$700,00.
4)    Efetuado o pagamento, em dinheiro, de uma duplicata, no valor de R$500,00.
5)    Pagou a importância de R$100,00, em dinheiro, referente ao uso de telefone.
6)    Recebimento de R$200,00, em dinheiro, proveniente de Receitas de Aluguéis de Imóveis.

Exercício:
Exercícios sobre Atos e Fatos Administrativos - Páginas 79 à 81. (Cont. Básica – Osni Moura Ribeiro – ATLAS)

 13 – ESCRITURAÇÃO
Conceito – Escrituração é uma técnica que consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa, etc) todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa.
O conceito contábil das empresas começa com a escrituração dos eventos no livro diário, completando-se, depois, nos demais livros de escrituração.  É através dos fatos administrativos que ocorre a gestão do Patrimônio das empresas, e esses fatos são registrados por meio da escrituração.
14 – LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO
         São muitos os livros utilizados pelas entidades; a quantidade e a espécie variam em função do porte, da forma jurídica e do ramo de atividade que essas entidades exercem.

14.1 – Classificação dos livros de Escrituração:

· Quanto a utilidade
a)   Principais – utilizados para o registro de todos os eventos do dia-a-dia da entidade, como ocorre com os livros Diário e Razão.
b)  Auxiliares – utilizados para o registro de eventos específicos, como os livros Caixa, Contas Correntes, Registros de Duplicatas, além de todos os livros fiscais que podem servir de suporte para a escrituração do Diário.

· Quanto a natureza
a)   Cronológicos – aqueles em que os registros são efetuados obedecendo à rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano.
b)    Sistemáticos – Livros destinados ao registro de eventos de mesma natureza.
· Quanto a finalidade
a)   Obrigatórios – exigidos pela legislação comercial, tributária e societária.



. Exigidos por leis comerciais:
Livro Diário
Livro de Registro de Duplicatas

. Exigidos por leis tributárias:
  Âmbito Federal
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)
Livro Razão
Livro Caixa (somente para pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no lucro presumido)
  Âmbito Estadual
Registro de Entradas
Registros de Saídas
Registro de Inventários
Registro de Apuração do ICMS
  Âmbito Municipal
Cada município poderá determinar a adoção e escrituração de livros específicos, sendo o mais comum o Livro de Registro de Notas Fiscais e Faturas de Serviços.

. Exigidos por leis societárias:
Registro de Ações
Atas das Assembléias Gerais
Presenças dos Acionistas
Atas das Reuniões dos Conselhos de Administração
Atas das Reuniões de Diretorias
Atas e Pareceres do Conselho Fiscal



b)  Facultativos – livros que as entidades utilizam sem que haja exigência legal.
. Livro Caixa (exceto para as entidades que optarem pela tributação com base no lucro presumido).
. Contas Correntes
. Controle de Contas a Receber
. Controle de Contas a Pagar, etc


QUADRO DOS PRINCIPAIS LIVROS DE ESCITURAÇÃO




LIVROS
       QUANTO A UTILIDADE
       QUANTO A NATUREZA
        QUANTO A FINALIDADE
        Diário
Principal
Cronológico
Obrigatório
        Razão
Principal
Sistemático
Obrigatório
        Caixa
Auxiliar
Sistemático
Facultativo
        Contas Correntes
Auxiliar
Sistemático
Facultativo
        Registro de Duplicatas
Auxiliar
Sistemático
Obrigatório
        LALUR
Auxiliar
Sistemático
Obrigatório

15 – LIVRO DIÁRIO
         A adoção do livro Diário – o mais importante sob o ponto de vista legal – requer a observância de formalidades contidas no Código Comercial Brasileiro, considerando-se ainda as exigências contidas na legislação tributária (Regulamento do Imposto de Renda).

· Formalidades Extrínsicas (externas):
         O livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas em seqüência, tipograficamente. Deve conter os termos de abertura e de encerramento e ser submetido à autenticação do órgão competente do Registro do Comércio.
  
· Formalidades Intrínsicas (internas):
         A escrituração do Diário deve ser completa, em idioma e moedas nacionais, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia , mês e ano, sem intervalos em branco nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens.

16 – LIVRO RAZÃO

         É um livro de grande utilidade para a Contabilidade porque registra o movimento de todas as contas individualmente.

17 – Livros Contas-Correntes

         É o livro auxiliar do Razão. Serve para controlar as contas que representam Diretos e Obrigações para a empresa.

18 – Livro Caixa

         Também auxiliar. Nele são registrados todos os fatos administrativos que envolvem entradas e saídas de dinheiro.

19 – METODOS DE ESCRITURAÇÃO

         É a forma de registro dos Atos e Fatos Administrativos.

· Métodos de Partidas Simples

         Este método consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento (caixa, contas-correntes).

· Métodos de Partidas Dobradas

         De uso universal - apresentado pela primeira vez pelo frade Luca Pacioli em 1494.
         Sua adoção permite o controle de todos os componentes patrimoniais bem como das variações do Patrimônio Líquido, que poderão resultar em lucro ou prejuízo.
         O princípio fundamental do método é o de que não há devedor sem que haja credor, correspondendo, a cada débito, um crédito de igual valor.
         Por meio desse método, os fatos são registrados inicialmente no livro Diário e, posteriormente, no livro Razão.

20 – LANÇAMENTOS
       
 É o meio pelo qual se processa a escrituração. Os fatos administrativos são registrados através do lançamento, inicialmente no livro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos, etc.).

20.1 – Elementos Essenciais

         O lançamento, de acordo com o método das partidas dobradas, é feito em ordem cronológica (data), e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição.
Exemplo de um lançamento no livro Diário:
Suponhamos o seguinte fato administrativo:
         Compra à vista (em dinheiro) de uma máquina de escrever, marca Mantiquiera, conforme Nota Fiscal 8.931, da Maquinolândia Ltda, no valor de R$1.000,00.
Todo lançamento deve ter os seguintes elementos:
 . local e data da ocorrência;
. conta a ser debitada;
. conta a ser creditada;
. histórico;
. valor.
Para elaborar um lançamento, você deve seguir os seguintes passos:

1o) Verificar o local e a data da ocorrência do fato.

2o) Verificar que documento foi emitido na operação.
         Se não houver documento idôneo que comprove a ocorrência do fato, esse não poderá ser contabilizado.

3o) Identificar quais foram os elementos envolvidos na operação.
         Todo fato administrativo, objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois elementos patrimoniais ou de resultado.

4o) Verificar no Plano de Contas que conta deveremos utilizar para registrar cada um dos elementos identificados no 3o passo.
      · Dinheiro será registrado na conta Caixa.
      · Máquina será registrada na conta Móveis e Utensílios.
5o) Preparar o histórico do problema.
         Consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas dados necessários para o bom esclarecimento do evento.
6o) Identificar que conta será debitada e que conta será creditada.


Para identificar mais facilmente, observe o quadro abaixo:

QUADRO AUXILIAR DA ESCRITURAÇÃO
           I - Para elementos Patrimoniais:





a)
Toda vez que aumentar o Ativo, DEBITAR a respectiva conta.


b)
Toda vez que diminuir o Ativo, CREDITAR a respectiva conta.


c)
Toda vez que aumentar o Passivo, CREDITAR a respectiva conta.


d)
Toda vez que diminuir o Passivo, DEBITAR a respectiva conta.

          II - Para elementos de Resultado:





e)
Toda vez que ocorrer uma Despesa, DEBITAR a respectiva conta.

f)
Toda vez que se realizar uma Receita, CREDITAR a respectiva conta.

 Esse mesmo quadro de maneira simplificada:



ATIVO


PASSIVO
Aumento
Diminuição


Diminuição
Aumento


Debito
Credito


Debito
Credito






















DESPESA


RECEITA
Quando ocorrer
Estorno* ou


Estorno* ou
Quando ocorrer
Despesa
encerramento de


encerramento de
Despesa

exercício


exercício

Débito
Crédito


Débito
Crédito

7o) Efetuar o lançamento.


20.2 – Formulas de Lançamentos

         Para todo lançamento, poderá haver mais de uma conta a débito ou mais de uma conta a crédito ou ainda, mais de uma conta a débito e a crédito ao mesmo tempo. Daí a existência de quatro fórmulas de lançamentos.

Lançamento de 1a Fórmula:
         Quando aparecem no lançamento uma conta debitada e uma conta creditada.
Exemplo:
         Compra de uma casa, à vista, do Sr. Fulano de Tal, situada na Av. Vasco da Gama, no 100, nesta cidade, conforme escritura passada no 5o Tabelião, no valor de R$50.000,00.



Volta Redonda, 27 de maio de 2002.
Imóveis
a Caixa
       Compra de uma casa, do Fulano de Tal, situada  na
av.  Vasco  da  Gama,  no  100,  nesta cidade, conforme
Escritura passada no 5o Tabelião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50.000,00

Lançamento de 2a Fórmula:
         Quando aparecem no lançamento uma conta debitada e mais de uma conta creditada.

Exemplo:
Compra de uma bicicleta, marca Lunar, da Casa Estrela, conforme Nota Fiscal no 5.390, no valor de R$800,00, nas seguintes condições:
a)   Pagamento de R$300,00 no ato, em dinheiro, como entrada;
b)   O restante será pago após 30 dias, conforme aceite da Duplicata no 0001.

Volta Redonda, 27 de maio de 2002.
Veículos
a Diversos
       Compra de uma bicicleta, marca Lunar, da casa
Estrela, conforme NF 5.390, paga da seguinte forma:
a Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   300,00
a Duplicatas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  500,00          800,00

Lançamento de 3a Fórmula:
         Quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e apenas uma conta creditada.


Exemplo:
Venda de uma máquina de escrever, ao Fulano de Tal, conforme Nota Fiscal no 0118, por R$500,00, nas seguintes condições:
a)   recebimento de R$100,00, em dinheiro, como entrada;
b)   recebimento do restante em quatro pagamentos, conforme Duplicatas 118/01 a 118/04, no valor de R$100,00 cada.

Volta Redonda, 27 de maio de 2002.
Diversos
a Móveis e Utensílios
       Venda de uma Máquina, conforme NF 0118,
como segue:
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   100,00
Duplicatas a Receber
   . Aceite de Duplicata 118/01. . . . . . . . 100,00
   . Aceite de Duplicata 118/02. . . . . . . . 100,00
   . Aceite de Duplicata 118/03. . . . . . . . 100,00
   . Aceite de Duplicata 118/04. . . . . . . . 100,00 . . . . . . . . . . 400,00 . . . . . . 500,00       
Lançamento de 4a Fórmula:
         Quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada.

Exemplo:
Compra, efetuadas no Supermercado Taubaté, de:
a)   Um refrigerador, para uso da empresa, conforme Nota Fiscal no 1.521, no valor de R$1.000,00.
b)   Uma moto marca Guará, conforme Nota Fiscal no 372, no valor de R$10.000,00.



Foram pagos, no ato, como entrada, R$2.000,00, e o restante será pago através de três Duplicatas, de no 1 a 3, no valor de R$3.000,00 cada, vencíveis de 30 em 30 dias.

Volta Redonda, 27 de maio de 2002.
Diversos
a Diversos
     Compras diversas:
Móveis e Utensílios
     NF 1.521, referente a um refrigerador . . . . . . . . . . . . 1.000,00
Veículos
     NF 372, referente 1 moto, marca Guará . . . . . . .  . . .10.000,00            11.000,00
a Caixa
     Pagamento em dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000,00
a Duplicatas a Pagar
     Três duplicatas no valor de R$3.000,00 cada,
vencíveis de 30 em 30 dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000,00           11.000,00

 EXERCÍCIO

Escriture no Livro Diário os seguintes fatos administrativos:

1) Abertura de uma conta Movimento no Banco do Brasil S/A, com depósito inicial, em dinheiro, de R$5.000,00, conforme recibo no 729.
2)   Compra de mercadorias, a prazo, de J. A. & Cia., conforme Nota Fiscal no 8.509, no valor de R$12.000,00.
3)   Pagamento de despesas de aluguéis, conforme recibo do mês de maio, ao Sr. Edison Almeida, na importância de R$1.200,00, em dinheiro.
4)   Venda de mercadorias, a prazo, a Geraldo Gomes, conforme nossa Nota Fiscal no 141, no valor de R$2.000,00. Houve aceite, no ato, de duas Duplicatas,  nos 141/01 e 141/02; a primeira, no valor de R$1.500,00, para 30 dias, e a segunda, no valor de R$500,00, para 60 dias.
5)   Compra de lápis, borracha e impressora para escritório, conforme Nota Fiscal no 792, da Casa de Cadernos Bauru Ltda., no valor de R$80,00, cujo pagamento foi efetuado através do cheque no 145.700, de nossa emissão, contra o banco do Brasil S/A.
6)   Compra de mercadorias, a prazo, de João Joça Ltda., conforme Nota Fiscal no 11, no valor de R$1.500,00.
7)   Recebida, da Comercial Cardoso, a importância de R$3.000,00, em dinheiro, referente a serviços prestados, conforme nossa Nota Fiscal no 0001.
8)   Nossa retirada de R41.000,00 do Banco de Brasil S/A, conforme nossa cheque no 145.766, para reforço de Caixa.
9)   Venda de mercadorias, à vista, conforme Nota Fiscal no 701, no valor de R$2.000,00.
10)        Pagamento de IPTU à Prefeitura Municipal, no valor de R$300,00, referente ao trimestre em curso. Pagamento feito em dinheiro, conforme recibo.
11)Compra de um apartamento situado no prédio São Francisco , nesta cidade, pertencente ao Sr. Wilson Toledo, sendo pago nas seguintes condições:
a)   no ato, em dinheiro, como sinal: R$5.000,00;
b)   o restante será pago de 30 em 30 dias conforme emissão de Nossa Promissória de nos 01 a 05, no valor de R$20.000,00 cada.
12)Pagamento da conta de luz referente ao mês, no valor de R$120,00 em dinheiro.
13) Compra de uma máquina de escrever, conforme Nota Fiscal no 1.501, da Casa Maquinão S/A, no valor de R$700,00. O pagamento foi efetuado através do nosso cheque no 146.000, do Banco do Brasil S/A.



21 –  CONTABILIZAÇÃO DOS FATOS DA FASE DE CONSTITUIÇÃO DAS EMPRESAS

         Para se constituir uma empresa, é necessário inicialmente que se tenha um Capital e esse Capital pode ser em dinheiro ou, ainda, em outros bens e direitos.
         Na fae de constituição de uma empresa, podemos considerar dois momentos:

a)   Constituição do Capital – momento em que o proprietário providencia o registro da empresa nos órgãos competentes, visando dota-la de personalidade jurídica;
b)  Realização ou Integralização do Capital – momento em que o proprietário entrega para a empresa, como pagamento do Capital que constituiu, dinheiro ou vários bens e direitos.

21.1 – Capital Realizado em Dinheiro

Constituição de uma firma individual para explorar o comércio de instrumentos musicais,  registrado na Junta Comercial do Estado. Seu Capital de R$50.000,00, realizado em dinheiro no ato da constituição.
Esquema para contabilização:

        ELEMENTOS                     CONTAS                 D/C

            Dinheiro                               Caixa                       D            
            Capital                                 Capital                     C

 Contabilização no Diário:

Caixa
a Capital 
   H: Capital com que se constitui a firma individual, representada
        na Junta Comercial do Estado, registrado integralmente neste
        ato em moeda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .  50.000,00              




21.2 – Capital Realizado em Bens e Direitos

Constituição de uma firma individual para explorar o comércio de instrumentos musicais,  registrado na Junta Comercial do Estado. Seu Capital de R$20.000,00, realizado pelos seguintes Bens e Direitos:
     . em dinheiro: R$9.000,00
     . diversos móveis, conforme relação, avaliados em R$6.000,00
     . duas Notas Promissórias emitidas a seu favor, R$5.000,00

Esquema para contabilização:

        ELEMENTOS                     CONTAS                          D/C

            Dinheiro                               Caixa                                    D            
            Móveis                                 Móveis e Utensílios              D     
            Notas Promissórias              Promissórias a Receber      D
            Capital                                  Capital                                 C


Contabilização no Diário:

Diversos
a Capital 
   H: Pela constituição da firma individual conforme registro
        na Junta Comercial do Estado, com Capital registrado
        nesta data, como segue:
Caixa
   H: Em dinheiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000,00
Móveis e Utensílios
    H: Conforme relação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..6.000,00 
Promissórias a Receber
   H: Valor de duas NP, transferidas para essa empresa
         emitidas a favor de seu titular e que compõem  
         parte do Capital em realização . . . . . . . . . . . . .5.000,00           20.000,00  

Nos dois casos, a realização do Capital foi feita no momento da constituição da empresa, entretanto, a entrega (realização ou integralização) para a empresa dos elementos que compõem o Capital, por seu proprietário ou pelos sócios (quando se tratar de sociedades), pode ser feita parceladamente.
21.3 – Capital Realizado em Parcelas

Constituição de uma firma individual para explorar o comércio de instrumentos musicais,  registrado na Junta Comercial do Estado. Seu Capital de R$8.000,00, realizado em dinheiro, da seguinte maneira: 50% no ato da constituição e o restante em 90dias.

a)   Pela constituição da empresa

Esquema para contabilização:

        ELEMENTOS                     CONTAS                               D/C

            Direito                               Capital a Realizar                 D            
            Capital                               Capital                                 C

 
Contabilização no Diário:

Capital a Realizar
a Capital 
   H: Pela constituição da empresa individual conforme registro
        na Junta Comercial do Estado. . .  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  8.000,00    

Obs.: A conta Capital a Realizar, embora represente Direito para a empresa, no Plano de Contas figura do lado do Passivo como conta reguladora da conta Capital, no grupo do patrimônio Líquido.         

        
b)  Pela realização de parte do Capital

Esquema para contabilização:

        ELEMENTOS                     CONTAS                               D/C

            Dinheiro                               Caixa                                  D            
            Direito                                  Capital  a Realizar              C


 Contabilização no Diário:

Caixa
a Capital a Realizar
   H: Sua realização em moeda corrente de parte
       do Capital, nesta data. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  8.000,00