Pra. Adriana
INTRODUÇÃO
Nosso objetivo é conhecer
melhor a Bíblia sob o ponto de vista dos principais pontos geográficos e seus
acontecimentos históricos.
Só poderemos de fato
compreender o que lemos, conhecendo o contexto histórico e geográfico.
A Palestina Bíblica,
conforme consta em Juízes 20:1, de Dã até Berseba tinha uma extensão de 240km,
sendo que, de largura em sua áreas mais amplas, não passava de 120km. No
entanto, foi de grande importância para a história da humanidade. Como até hoje
tem os olhos do mundo voltados diariamente para si.
A geografia Bíblica
influenciava historicamente a mensagem de seus porta-vozes, visto que as
mensagens, via de regra, eram endereçadas a situações concretas de determinados
momentos históricos.
Na região da Palestina, as
chuvas caem principalmente no Outono e na Primavera, sendo o
clima árido nesta área. Portanto água é muito escassa. Por isso Jerusalém, para
lidar com o problema de água, construiu aquedutos que eram túneis que conduziam
a água de um manancial próximo até a cidade. Isto nos dias de Davi. Por isso,
em alguns momentos da história de Israel, vemos seus inimigos utilizando do
recurso de bloquear a água nos aquedutos para fragilizar a cidade de Jerusalém.
A Palestina teve vários
nomes: Canaã, Palestina (significa “terreno dos Filisteus), Terra Prometida
(terra que Deus havia prometido a Abraão), Terra de Israel, País dos Hebreus e
a Terra do Eterno (I Samuel 13:19; Gênesis 40:15 e Levítico 25:23).
MAPA DO MAPA DO MUNDO ANTIGO
No mundo
antigo, a Palestina era área de passagem para antigos Impérios como:
MESOPOTÂMIA e Ásia Menor (Egito).
A Palestina Bíblica
não tinha grande importância política, nem tão pouco tinha uma grande
importância cultural, mas era uma região
estratégica e de grande importância religiosa.
Devido às
limitações da época e as barreiras naturais, era grande a dificuldade de
comunicação bem como de locomoção.
Havia uma
única rota que percorria a região – A Palestina antiga:
Æ Em
tempos de paz passavam caravanas comerciais;
Æ Em
tempos de guerra, servia às tropas muitas vezes de países inimigos.
Qual era esta
via: De DAMASCO à GALILEIA, até a COSTA SUL DO MONTE CARMELO e daí pela
PLANICIE LITORÂNEA até a fronteira do EGITO.
O Jordão era
de difícil acesso ao lado ocidental.
Os Hebreus
nunca foram grandes navegadores porque os Filisteus dominaram durante longo
tempo a Costa do Mediterrâneo.
Neste
contexto, uma Nação nasce a partir de uma família – a de Abraão.
Nos dias de
Abraão já havia as civilizações da BABILÔNIA e EGITO.
Abraão (CERCA DE 2.166 a . C.),
cujo pai era Terá, provavelmente de origem acadiana, viveu na cidade de UR dos
Caldeus. Ur era uma cidade Sumeriana, localizadas as margens do RIO EUFRATES e
depois em HARÃ na Mesopotâmia, antes de fixar-se em Canaã. Por isso as
explicações quanto a costumes dele e dos patriarcas serem baseados na cultura
da Mesopotâmia (cerca de 1500
a . C.). Muitos destes padrões, até mesmo
religiosos, denotam influencias destas culturas. Por exemplo: no episódio em que Abraão mente sobre
sua esposa Sara para não ser morto, foi porque era comum aos povos sumerianos
matar os maridos para ficarem com as suas esposas, ou quando ele procura uma
escrava para gerar seu filho.
Progressos
foram notórios nesta época, por exemplo, a arte de escrever que nasceu muito
antes de Abraão.
Após passar
por várias jornadas, até mesmo no Egito, Abraão se estabelece em HEBROM, onde
se dá o início da Nação de Israel. Abraão governa sobre a Terra Prometida.
Migração de Abraão (Gênesis 11:31
até 25:8)
Abraão sai de Ur, mais
tarde chamada de Caldeia. Subiu com parte de sua parentela para Harã (grande
centro comercial da Mesopotâmia). Trajeto de 1.600km. Após a morte de seu pai
Terá, Abraão partiu para Canaã. Deu uma breve parada em Damasco (cidade mais
antiga do mundo). Depois parou em Siquém, que veio a ser a primeira morada de
Abraão em Canaã. Em
Siquém Abraão construiu um altar ao Senhor e O adorou, assim
como em Betel.
Por motivo de
fome em Canaã, Abraão vai ao Egito e volta para Betel. Em Hebrom armou sua
tenda. Foi aí que Abraão tem uma discussão com Ló e veio a se separar dele. Em
Hebrom faz um Pacto com Deus. Nasce Ismael, Abraão viveu durante algum tempo em
Berseba onde fica o Monte Moriá, local em que Abraão é provado em sua fé. Sara morre em
Hebrom e Abraão junto a ela foi sepultado na caverna de Macpela.
Isaque (Gênesis16 )
Vive em Beer-Laai-Roi que significa “Poço do Vivente
que me vê” entre Cades e Berede, Gerar (principal cidade dos filisteus nos dias
de Abraão), Reobote (sul de Berseba), Berseba e Hebrom.
Jacó (Génesis 28-50)
Foge para
Harã, no caminho passa por Berseba, Betel onde tem a visão da escada celestial
até Harã. Regressa à Canaã, deixa Labão em secreto, vai até Mispa (Gênesis
31:49). Depois a Maanaim, onde foi consolado por anjos. Depois a Peniel,
próximo ao vale de Jaboque (lado oriental do Jordão), onde Jacó tem um encontro
com o anjo e se reconcilia com Esaú. Então Sucote (no vale de Jaboque), Betel
onde renovou seu pacto com Deus. Depois a Efrata ou Belém próximo a Jerusalém
onde foi enterrada Raquel e finalmente Hebrom onde encontrou seu pai. Em Hebrom José é vendido
em Dotã (24km de Siquém). Anos depois viaja para o Egito devido a fome em Canaã. No Egito
sua família habita Gósen. Quando de sua
morte, seus restos mortais voltam para Canaã em Hebrom onde foi sepultado
(Macpela).
MAPA DO EGITO E SINAI - ÊXODO E VIAGEM À TERRA PROMETIDA
Este relato
histórico dá início ao livro do Êxodo, quando os israelitas são obrigados a
trabalhos forçados em Pitom e Ramessés.
Provavelmente o Faraó nesta
ocasião era Pi-ramassés.
Na realidade,
Egito foi o berço da nação Israelita. Com a convivência com o Egito,
civilização mais adiantada da época (nas ciências, artes, cultura, etc...)
familiarizou-se com o melhor daqueles dias.
Egito tem
aproximadamente 24.489 km2. Seu principal rio é o Nilo que forma uma
planície grande com extensão até o Mar Mediterrâneo.
Cidades
egípcias onde ocorreram fatos mencionados pela Bíblia:
§
Mênfis ou Noph – Principal residência dos
Faraós;
§
Zoa – Em suas imediações tiveram lugar as
maravilhas que Deus operou por intermédio de Moisés (Isaías 19:13).
§
Ramessés – Cidade construída pelos israelitas.
Entre o Nilo e o Canal de Suez (Gênesis
47:11).
Habitantes do deserto:
Amalequitas, Queneus, Edomitas.
A Peregrinação
do Povo no Deserto:
Ao sair do
Egito, não puderam ir à Canaã pela direção Noroeste por ser o caminho dos
Filisteus, viram-se obrigados a virem para o sul em direção ao Mar Vermelho
(Êxodo 13:17-18).
A Marcha do
Povo de Ramessés ao Sinai (Êxodo 12:37 à 40):
Æ RAMESSÉS
– Cidade de Gosén – Lugar de reunião do povo;
Æ SUCOTE
– Lugar de acampamento – Leis sobre a Páscoa e a primogenitura;
Æ ETÃ
– Na margem do deserto – As colunas de nuvem e fogo;
Æ PI-HAIROTE
e BAAL-ZEFOM –A perseguição de Faraó;
Æ MAR
VERMELHO – A travessia dos Israelitas. A distância de uma margem a outra era de
1km.;
Æ MARA
E ELIM – No deserto – O saneamento das águas. A abundância de águas e
palmeiras;
Æ DESERTO
DE ZIM (SIM) – Murmuração do povo. Provisão de codornizes e de Maná. A
instituição do Sábado.
Æ REFIDIM
– Entre o Deserto de Zim e o Monte Sinai – Erupção de água na rocha. Derrota
dos amalequitas. Atenção de Moisés ao conselho de Jetro.
Æ DESERTO
DE SINAI – Pé do Monte Sinai -
Promulgação da Lei . Adoração do bezerro de ouro. Construção e
consagração do Tabernáculo. A numeração e organização do povo.
Do
Monte Sinai a Cades-Barnéia (Números 11-14)
O povo
ficou no Sinai por cerca de 1 ano, subindo então pelo Deserto de Parã rumo a
Cades-Barnéia.
Æ TABERÁ
– Murmuração castigadas pelo fogo. O pecado do descontentamento;
Æ QUIBROTE-TAAVÁ
– Entre Sinai e Hazerote – A milagrosa provisão de codornizes. O enterro dos
cobiçosos e a eleição dos 70 anciãos.
Æ HAZEROTE
– A conjuração contra Moisés urdida por Miriã, e o castigo a ela imposto.
Reconhecimento através dos espias. 10 desanimaram e 2 foram à favor.
De
Cades-Barnéia ao Monte Hor, Eziom-Geber e Regresso (Números 23). Período de 28
anos.
Numa 2ª vez o
povo se acampa em
Cades. De Cades a Eziom-Geber. De Eziom-Geber voltaram a
Cades Barneia completando a jornada de 38 anos.
Æ CADES-BARNEIA
– A desobediência de Moisés. Edom nega permissão de trânsito a Israel. A
vitória israelita sobre o rei cananeu de Arade, em Hormá,.
De Cades- Barneia à Canaã (Números 20:22-34):
Æ MONTE
HOR – As margens de Edom – A morte de Arão e a praga das serpentes;
Æ ELATE
– Margens oriental do deserto de Parã – A cura dos feridos mediante a serpente
de metal colcoada numa haste.
Æ ZEREBE
–A travessia do ribeiro;
Æ MOABE
– A profecia de Balaão, o pecado de Baal-Peor, Campanha contra Mídia e Moabe, A
partilha da herança de duas meias tribos; A divisão da Lei e recapitulão das
jornadas; A morte de Moisés no Monte Nebo.
A DIVISÃO DAS TRIBOS
Quando o Povo de Israel entra
na Terra Prometida ou Palestina, estão circundados por cananeus que foram
gradativamente exterminados (Juízes 1:21, 28, 30, 32; 2:23).
Alguns povos que habitavam Canaã quando os
Israellitas chegam: Refains (Deut.3:11), Zansumins (Deut. 2:20-21), Emins
(Gênesis 14:5 e Deut.2:10-11), Horeus (Gênesis 14:6 e Deut. 2:12), Aveus
(Deut.2:12), Fenícios (Josué 13:4), Cananeus (Gênesis 15:21), Filisteus (Josué
13:2-3), Heteus (Josué 1:4), Girgaseus (Gênesis 15:21), Heveus (Josué 9:7, 17),
Fereseus (Gênesis 34:30 e Josué 17:15), Jebuseus (II Samuel 5:6-9) e Amorreus
(Josué 7:7).
O período de conquistas foi de 7 anos, tempo em que
os hebreus tomaram posse da Palestina. Porém, a dominação completa só veio quando Davi capturou Jerusalém destruindo o
poder dos filisteus.
Dá-se início ao período dos Juízes. Líderes
escolhidos pelo próprio Deus para governar sobre o povo. Período que durou 330
anos
A conquista da terra se realizou
gradativamente.
A Bíblia
relata que não foram poucas as vezes que assimilaram os costumes e por vezes
até as religiões de seus vizinhos, como a exemplo, a adoração à Baal.
Uma vez tendo
Moisés, o grande líder que levou o povo à Terra Prometida em unidade, morrido
sem contudo entrar nela, houveram ocasiões em que o povo ficou sem uma
liderança firme. Não havia unidade e
muitas vezes o povo se corrompeu. Nestes
casos Deus permitia ataques dos inimigos como Midianitas, Cananeus e Filisteus.
|
MAPA DAS DIVISÕES DE TRIBOS
Tribo de Benjamim (Josué
18:11-28) – Jebus, Gilgal (Tabernáculo ficou aqui por algum tempo.
Palco de ação de Oseias e Amós), Jericó (destruída na conquista e
reconstruída), Aí (primeira derrota do Povo, devido a Acã), Betel (Arca da
Aliança ficou aqui um tempo), Ramá, Anatote (lugar do nascimento de Jeremias),
Gibeá (residência do rei Saul), Micmás, Gibeom, Mispa (nos dias dos Juízes,
ponto de encontro das tribos).
Tribo de Dã (Josué 19:40-48
e Juízes 18) – Cidades: Timna, Aijalom, Elteque, Zorá, Ecrom, Lida,
Jope (cidade de onde Jonas fugiu para não ir à Nínive), Estaol.
Tribos de Efraim (Josué
16:5-10 e 17:14-18) – Cidades: Timnate-Sera (residência e sepultura de
Josué), Siquém (Cidade de Refúgio), Silo (foi local da Arca da Aliança e do
Tabernáculo – Centro religioso do País), Bete-Horom, Gezer, Samaria.
Tribos de Manasses –
Ocidental (Josué 17) – Cidades: Ofra (residência de Gideão), Taanaque,
Dota (Eliseus feriu de cegueira as hostes assírias), Ibleã, Dor, Em-Dor (Saul
consultou a pitonisa), Megido (ponto
estratégico militar).
Tribo de Issacar (Josué
19:17-23) – Cidades: Em-Ganim, Suném (cidade da Sunamita de Eliseu),
Jezreel (local da morte de Jezabel).
Tribo de Aser (Josué
19:24-31) – Cidades: Misal e Abdom, Acsafe, Cabul, Reobe, Afeque, Aço.
Tribo de Zebulom (Josué
19:10-16) – Cidades: Gate-Hefer (cidade natal de Jonas),
Quislote-Tabor, Catate (Caná da Galiléia), Quitrom e Naalol, Belém (Belém de
Judá e não a cidade de Davi).
Tribo de Naftali (Josué
19:32-39) – Cidades:Quedes, Hamote-Dor e Carta (Cidade de Refúgio),
Ijom, Hazor (reduzida a cinzas por Josué. Reconstruída sob o comando de
Débora), Migdal-El, Abel-Bete-Maaca.
Eram 48 as cidades dos levitas, 6
das quais cidades de refúgio
MAPA DOS REINOS DE SAUL,
DAVI E SALOMÃO
O período do Reino Unido abrange
120 anos, e é dividido entre: O Reinado de Saul; O Império de Davi e o Império
de Salomão.
Neste período
há uma pressão muito grande por parte do principal inimigo dos Hebreus. Os
Filisteus. Foram conquistando territórios ao norte pela planície costeira.
Deslocaram os filhos de Dã (Juízes 1:34). Ocuparam Gibeá – Tribo de Benjamin (I
Samuel 13:3) nos dias de Saul, local de sua residência. Em I Samuel 9:16;10:7 Samuel
conclama o povo a lutar contra o adversário. A guerra contra os Filisteus é
relatada em I Samuel
13,14 à 17. Em Gilboa, Saul e Jonatas são mortos (I Samuel 31).
Davi consolida
seu reino e domínio sobre os Filisteus (II Samuel 5).
- O Reinado de Saul
Israel está sob a administração
do sábio Samuel, mas, alimenta uma inquietação nacional pelo desejo de, assim
como povos visinhos, ter um rei. Do ponto de vista deles uma forma mais estável
de governo, já que, como vimos o período dos Juízes fora muito instável e sem
unidade.
3 Fatores
determinaram o estado de ânimo nacional neste sentido: 1º A presença de uma guarnição de filisteus em
Gibeá; 2º Rumores de ameaça dos Amonitas; e 3º Descontentamento
pela má administração dos filhos do Juiz, como governadores.
Foi
apresentado então, um pedido unânime à Samuel solicitando um rei. Saul é eleito primeiro rei de Israel em I Samuel 8:19-20.
Resumo do seu reinado:
I – Sua Eleição
– I Samuel 9 à 12:
Cidades
relacionadas com este momento histórico:
- Rama ou Ramataim-Zofim – Rama de Benjamin – Lugar de nascimento, residência e sepultura de Saul (I Samuel 1:1)
- Mispa – Localidade desconhecida, provavelmente a norte de Jerusalém. Saul é apresentado ao povo como rei;
- Gibeá – Entre Jerusalém e Rama. Ponto de residência de Saul que serviu de capital do seu reino.
- Gilgal – No vale do Jordão. Onde foi reconhecido pelo povo sua capacidade militar depois da derrota de Amom, em Jabes-Gileade.
Neste período
menciona-se também: Salaisa e Saalim, cidades de Efraim e Zufe, próximo a
Benjamin.
II – Suas
Campanhas:
·
Campanhas Internas: 1º) A primeira filistéia – Jonatas dirige esta
primeira fase atacando o Inimigo em Gibeá e depois em Micmás em I Samuel 13 e 14;
2º) A
segunda filistéia – Menciona-se pela primeira vez Davi. Os filisteus acampados
em Efes-Damim ou Socó na beira do rio Ela. Os Israelitas de um lado do rio e os
filisteus do outro lado. Neste confronto é morto Golias. Os Israelitas
perseguem os filisteus e os derrotam em Ecrom e Gate (I Samuel 17-18).
·
Campanhas Externas: 1º) Os
Amonitas – Tribo cruel que habitava o deserto estava constantemente tirando a
paz de Israel. Invadiram a região transjordânia em Jabes-Gileade. Saul
dirigiu-se a Jabes onde derrota contundentemente os invasores. Recebe o
reconhecimento do povo como rei – I Samuel 11:1-15. 2º) A moabita e a
edomita – Havia uma aliança entre Amon, Moabe e Edom e provavelmente a
derrota de Amon determinou a batalha contra Moabe e Edom também. I Samuel
14:47. 3º) Os amalequitas faziam incursões constantes ao
território de Israel, que faziam com que Israel estivesse em contínuo estado de
alerta. Chega o dia que Saul, em Telaim, entre Berseba e o Mar Morto, marcha
contra os amalequitas. Tem vitória porém
poupa a vida de Agague, o rei e o melhor do gado, sem consultar a Samuel. Em
Gilgal, Samuel o repreende duramente e declara que ele havia sido rejeitado por
Deus como rei. Daí por diante notamos uma decadência espiritual de Saul (I
Samuel 14:48-15:1-35).
III –
Sua Perseguição a Davi I - Samuel 19-28:
Para Davi
foram longos meses tendo que fugir de um lugar a outro.
Lugares
relacionados com a perseguição da Davi:
·
Gibeá – Quartel general e capital do reino de Saul;
·
Rama – Muitas vezes os mensageiros do Rei
chegaram para prender a Davi;
·
Gibeá – Davi e Jonatas fazem uma aliança e se
despedem;
·
Nobe – Cidade de Benjamim. Aqui os sacerdotes
alimentam os homens de Davi. A Davi é entregue a espada de Golias. Saul manda
matar os homens de Davi, os 85 sacerdotes, e, até mesmo os habitantes da
cidade;
·
Gate – O povo da cidade não o quis ali por
considerá-lo pernicioso;
·
Caverna de Adulão – Localização duvidosa. Mais
ou menos a 10 km
de Belém que serviu de esconderijo para Davi. Reuniu ali um contingente de
endividados e descontentes;
·
Mispa de Moabe – Fica durante um tempo aos
cuidados do rei de Moabe. Em Mispa é orientado por Gade (profeta) a sair e
levar seu exército para:
·
Herete – Bosque nas visinhanças de Hebrom;
·
Queila – Note de Hebrom. Defende a cidade dos
Filisteus mas é traído por este povo.
·
Zife – Ao sul de Hebrom. Davi sofre o risco de
ser traído pelos zifeus;
·
Maom – Saul quase pega Davi, porém, devido ao
surgimento dos filisteus nas imediações da cidade, é obrigado a defender a
cidade contra eles;
·
En-Gedi – Ocidente do Mar Morto – Saul reúne
3.000 homens e persegue Davi. Enquanto Saul dormia numa caverna, Davi
corta a orla do seu manto demonstrando
que sua vida estava em suas mãos.
Depois de
passar por todos estes lugares fugindo, resolve ir à Filistia, em Gate cujo rei
o recebe cortesmente e lhe dá Zigagle (16 km de Gaza). Aqui Davi reside durante os
últimos dias de reinado de Saul. Num momento ao voltar de uma campanha,
encontra sua família levada cativa por bandoleiros amalequitas. Os perseguiu e
recuperou tudo que haviam roubado, incluindo despojos de guerra. Com a morte de
Saul, Davi radicou-se em Hebrom onde o fizeram
rei de Judá. Após alguns anos, tornou-se rei de todo Israel.
A morte de
Saul – I Samuel 31. Num combate contra os Filisteus. Saul e seus homens em
Jezreel e os filisteus em
Gilboa. Saul consulta uma médium em En-Dor e morre na
batalha.
Nos dias de
Saul são lançados fora do território de Israel, definitivamente os amalequitas
e os amonitas, e o poder dos filisteus chega a seu alge. Encontravam-se na
planície marítma, Esdraelom e na Cordilheira central.
- O Império de Davi – II Samuel 5-24
Davi se
destacou dentre os reis de Israel, tanto
pela nobreza de seu caráter quanto por sua obra política. Logo percebeu que o
sucesso do seu reinado dependia da unidade de seu país. Seu primeiro passo foi
trazer confiança ao povo e depois então subjulgar as tribos cananeias. Estas
que, durante a época dos juízes e reinado de Saul haviam tentado livrar-se do
seu jugo sob a Nação. Depois desta etapa, concentrou-se num programa de conquista das tribos visinhas
e na organização do Império de Israel. Por ocasião de sua morte, Israel já
tinha o território muito mais amplo que quando assumira o Reinado.
Sua
Obra: Unificação do País e Subjulgação das Tribos visinhas
I –
Unificação do País:
Davi reinou 7
anos sobre Judá sendo sua capital, Hebrom. Depois então foi eleito rei sobre
todo Israel. Empenhou-se em unificar
então, o reino, da seguinte maneira (II Samuel 1 à 5:12):
·
Sitiou Jebus – Era uma fortaleza mantida
pelos Jebuseus e era tida como uma cidade inexpugnável. Davi a tomou
convertendo-a em Sede da unidade política e religiosa, pois levou para lá a
Arca da Aliança (II Samuel 5:6-9).
·
Destruiu o poder filisteu – Foram 2
batalhas no Vale de Refaim (ao sul de Jerusalém). Em Gate desorganizou a
confederação filistéia e pois fim às guerras entre os 2 povos. Voltou então sua
atenção às conquistas das tribos visinhas (II Samuel 5:17-25).
II – Subjulgação das tribos visinhas
Quais foram estas:
- Moabe – Segundo Josefo (historiador) esta guerra teve início devido à matança dos pais de Davi em Moabe (II Samuel 8:2);
- Zobá e Damasco – Zobá era um dos reinos sírios entre o Eufrates e Damasco. Os de Damasco fizeram uma aliança com os moradores de Zobá para oporem-se a Davi. Davi os derrotou obtendo despojos de muitos escudos de ouro e grande quantidade de bronze (II Samuel 8:12-13);
- Edom – Foi travada perto de Petra, sua capital (II Samuel 8:14);
- Amom – Os amonitas haviam se aliado com pequenas tribos sírias (Zobá, Bete-reobe, Tobe e Maaca ao norte do país). Houve 3 grandes batalhas: Medeba (próximo ao Mar Morto), Helã (localização desconhecida) e em Rabã (capital dos Amonitas).
Todas estas
guerras visavam a segurança de Israel em face de agressão estrangeira evitando
assim uma eventual infiltração de inimigos e do paganismo destas nações. Quando
chega a entregar o Império a seu filho, Salomão, era o mais forte Império da
época. Nesta época, as Nações eram pequenas, a Assíria não chegara a ressurgir
e o Egito estava decadente.
- O Império de Salomão – I Reis 2-11
Considerando...
1)
Sua (grandeza; 2) Suas Obras Públicas; 3) Seu caráter;
e 4) Sua desintegração.
1) Grandeza:
Nenhum rei de Israel iniciou seu reinado com maiores vantagens do que Salomão.
O Império entregue por seu pai estava no apogeu.
A)
Extensão territorial – Davi já havia conquistado todo o
território que Deus havia prometido a Abraão.
B)
Prosperidade material e prestígio militar – Davi havia
acumulado muitas riquezas. Juntamente com o que mais Salomão conseguiu, a corte
era de explendor e magnificência. Em seu gabinete mantinha sábios e aguerridos
chefes que haviam ajudado a Davi na expansão e consolidação do Império (I Reis
10:27).
C)
Prosperidade moral e religiosa – A trasladação da Arca
da Aliança por Davi para Jerusalém, bem como reformas realizadas por ele,
avivaram a vida religiosa do País. Além disso, Salomão reinava em paz e o povo
todo o amava como amou a seu pai Davi. Deu início a seu reino com grandeza, fama e renome. Nenhum outro reino
após este foi igualado a este.
2) Obras
Públicas – Não ampliou as conquistas territoriais de seu pai, mas,
dedicou-se ao desenvolvimento econômico e cultural do seu Império. Erigiu um
suntuoso templo no Monte Moriá (sonho de seu pai Davi). Edificou muros em Jerusalém. Edificou
a cidade de Megido (sul de Esdraelom) e Azor. Reedificou Gezer e fez
fortificações nas cidades de Bete-Horom, Hamate e Tadmor (próximo a Damasco), e
em Baalate, cidadade-armazém, perto de Gezer (I Reis 9:17-19).
3) Caráter
– Reinou por 40 anos pacificamente, com raríssimas exceções, a exemplo
do conflito contra Jeroboão, um dos capatazes da obra de construção da Torre de
Milo (fortaleza de defesa do Templo). Mais tarde este mesmo veio a tirar 10
tribos da “Casa” para fundar com elas o Reino do Norte (I Reis 11:11-36).
4) Desintegração
– Altos impostos haviam sido determinados por Salomão. O povo de início
pagou-o com alegria até a construção do Templo – a “Casa de Deus” e a construção
de um palácio digno do rei. Mas com o tempo, os impostos tornaram-se pesados
demais. Logo começou a haver descontentes que exigiram de Roboão, filho do Rei,
que aliviasse a pesada carga. Como não houve mudança, começou uma revolta.
Todas as tribos, menos Judá e parte de Benjamin desconheceram a autoridade de
Roboão e elegeram a Jeroboão como rei. Assim começa a divisão definitiva do
Povo de Israel: Judá e Israel.
Neste período
político (975AC) tínhamos:
·
Reino da Síria – Norte do Monte Hermom.
Sua capital era Damasco e mais tarde caiu no poder da Assíria.
·
Reino de Israel – Formado pelas 10 ½
tribos. Sua primeira capital foi Siquém e mais tarde TIRZA. Até que Onri
construísse Samaria que tornou-se capital permanente – I Reis 15:21, II Reis
15:14.
Seus Centros religiosos:
A Lei de
Moisés exigia que os homens hebreus fossem 1 vez no ano à Jerusalém para
festividades religiosas. Jeroboão então, temendo este contado e peregrinação à
Jerusalém, institui uma nova ordem de culto: a adoração a 2 bezerros de ouro que “representavam”
Jeová, construindo 2 templos, um em Dã e outro em Betel (I Reis 12:26-30).
·
Reino de Judá – Tribo de Judá além de
parte da tribo de Benjamim. Sua capital e centro religioso sempre fora
Jerusalém. (I reis 12:18-19).
·
Reino de Moabe – Era sujeito a Israel,
porém tinha seu próprio governo pagando tributos a Israel. (II Reis 1:1).
·
Reino de Edom – Dominado por Davi pagava
tributos à Jeorão, tempo que se libertou completamente. (II Reis 8:20-22).
MAPA DOS REINOS DE ISRAEL E JUDÁ
Este período vai abranger o
resumo histórico dos 2 reinos: Judá e Israel, abrangendo um
período desde a divisão do reino até a queda de Judá: Período da Desintegração
do Reino de Davi (975-884); Período Sírio (884-839); Restauração de Israel
(839-772); Queda de Israel (772-721) e Queda de Judá (721-586).
1. Perído
da Desintegração – Se caracteriza basicamente pela luta entre Síria,
Israel e Judá pela supremacia. Em Israel – do reinado de Jeroboão a Jeú; Em
Judá – do reinado de Roboão à Joás.
No
início deste período haviam muitas guerras entre Israel e Judá, porém, com o
crescente poderio da Sìria, tiveram que unir forças contra um Inimigo em comum.
Acontecimentos
Principais:
-
Ascenção de Jeroboão ao trono, trazendo o
fracionamento do reino de Salomão (I Reis 12:30);
-
Invasão de Sisaque, rei do Egito e a perda de
todos os tesouros do Templo (II Crônicas 12:1-9);
-
Guerras de Jeroboão contra Judá que terminaram
com a derrota de Israel na batalha de Zemaraim, perto de Betel (II Crônicas
13);
- Invasão de Judá, por Zera
e a vitória de Asa, em Maressa ao sul de Judá
(II Crônicas 13)
- Guerras entre a Siria e
Israel (Ireis 20-22)
- Invasão de Judá pelas forças
aliadas de Amom, Moabe e Edom e sua destruição no Vale de Beraca (ou Vale
da Benção) ao sul de Jerusalém (II Crônicas 20);
- Guerra dos reis aliados de
Judá, Israel e Edom contra Moabe e a derrota de Moabe em Quir-Haresete (II
reis 3)
- Rebelião de Edom contra Judá,
quando Jeorão, provalvelmente em Petra ou Sela vence. Desde então Edom deixou
de pagar tributos a Judá (II reis 8:16-22).
- Período Sírio
Período que
começou com 3 revoluções no mesmo ano – Damasco, Samaria e Jerusalém. Hasael se
apoderou do trono da Síria, Jeú de Israel e Atalia, rainha-mãe, de Judá.
Hasael volta
sua atenção ao sul para conquistar, conseguindo subjulgar as tribos
transjordânicas e depois reduziu Israel a vassalo, tomou Gate e só a entrega de
um forte tributo impediu o cerco de Jerusalém (II reis 12:17-18 e II Crônicas
24:23-24).
ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS durante este
período:
·
Ascenção de Hazael ao trono da Síria, de Jeú em
Israel e Atalia em Judá (II Reis8:7-15);
·
Destruição do Culto a Baal em Israel (II reis
10:1-31);
·
Conquistas transjordânicas (II reis 10:32-35);
·
Morte de Atalia (II Reis 11);
·
Reparações do templo por Joás (II Reis 12);
·
Profecias de Jonas e Joel;
·
Subjulgação de Israel por Hazael (II Reis 13:3);
·
Campanha de Hazael contra Judá e a captura de
Gate (II Reis 12:17-18);
·
Morte de Hazael em 840AC;
- Período
da Restauração de Israel:
No início
desta época Amazias, rei de Judá, depois de derrotar a Edom na batalha, entra
em batalha contra Israel e sofre um fracasso humilhante em Bete-Semes. De
imediato o exército das 10 tribos entram pela primeira vez em Jerusalém cujo
rei insensato só conseguiu seu resgate mediante a entrega de tesouros e reféns.
Apesar do
brilho do reinado de Hazael, a incapacidade de seus sucessores prontamente teve
como resultado a perda total de sua hegemonia sobre os estados vizinho. Sob os
reinados dos reis competentes, Joás e Jeroboão II, de Israel, o reino do norte
chega ao ponto principal de sua extensão territorial, tendo conseguido:
·
Recobrar todo seu território perdido;
·
Conquistar grande parte da Síria;
Este foi um
período de prosperidade nacional, todavia efêmero (II reis 14:12-14).
- A Queda de Israel:
Morto Jeroboão
II, uma série de usurpadores se apoderou do trono, foi à anarquia reinante. A
Síria havia caído ante o avanço dos poderos assírios, e Israel era impotente
para oferecer-lhes alguma resistência eficaz.
ACONTECIMENTOS
PRINCIPAIS:
·
Queda da Síria:
·
Cativeiro de Israel – Domínio assírio sobre
Israel. Assolou seu território e sitiou Samaria. Boa parte das tribos restantes
foram levadas para Hala, província da Mesopotâmia e Habor na região da Assíria,
próximo ao Eufrates, pondo assim termo ao reino de Israel. II Reis 15:19-29 e I
Crônicas 5:26, II Reis 17:1-16.
- Queda de Judá:
O reino de
Judá viveu em estado tributário dos assírios durante grande parte dos 135 anos
que excederam ao cativeiro de Israel. No fim desta época os caldeus se
apoderaram do Império Assírio, que daí por diante é conhecido como Império
Babilônico (II Crônicas 32-36).
ACONTECIMENTOS
PRINCIPAIS:
·
Reformas religiosas levadas a efeito por
Ezequias – Purificação do Templo, Restauração do Culto ao Senhor, Observância
da Páscoa e Reforma do Povo (II Crônicas 29-31).
·
Libertação de Jerusalém dos Assírios mediante
uma destruição sobrenatural de seu exércitos (II Crônicas 32:1-21);
·
Expatriação do ímpio Manassés, sua restauração
ao trono como rei tributário, e sua subseqüente abolição de práticas idólatras
(II Crônicas 33).
·
Tentativa de reforma do rei Osias e sua morte na
batalha de Megido (II Crônicas 34-35)
·
Ascensão da Babilônia e o Cativeiro de Judá. No
reinado de Joaquim pelo ano 605AC, Nabucodonosor invadiu Judá e o reduziu ao
estado de vassalo conduzindo alguns personagens ilustres, inclusive Daniel para
Babilônia. Era o início dos 70 anos de cativeiro (II Reis 24:8-16).
Dez anos
depois que o rei Joaquim foi extraditado, o pérfido Zedequias rebelou-se contra
o rei caldeu indo de encontro aos conselhos de Jeremias de não se fiar no apoio
do Egito. Nabucodonosor vem a Jerusalém destruindo-a e queima o templo levando
a maioria de seus habitantes para a Mesopotâmia..
Assim terminou
a existência da nação como estado Judeu. (II Crônicas 36:2-21).
MAPA DO IMPÉRIO ASSÍRIO
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