domingo, 2 de setembro de 2012

PANORAMA BÍBLICO II


Pra. Adriana

INTRODUÇÃO

Nosso objetivo é conhecer melhor a Bíblia sob o ponto de vista dos principais pontos geográficos e seus acontecimentos históricos.
Só poderemos de fato compreender o que lemos, conhecendo o contexto histórico e geográfico.
A Palestina Bíblica, conforme consta em Juízes 20:1, de Dã até Berseba tinha uma extensão de 240km, sendo que, de largura em sua áreas mais amplas, não passava de 120km. No entanto, foi de grande importância para a história da humanidade. Como até hoje tem os olhos do mundo voltados diariamente para si.
A geografia Bíblica influenciava historicamente a mensagem de seus porta-vozes, visto que as mensagens, via de regra, eram endereçadas a situações concretas de determinados momentos históricos.
Na região da Palestina, as chuvas caem principalmente no Outono e na Primavera, sendo o clima árido nesta área. Portanto água é muito escassa. Por isso Jerusalém, para lidar com o problema de água, construiu aquedutos que eram túneis que conduziam a água de um manancial próximo até a cidade. Isto nos dias de Davi. Por isso, em alguns momentos da história de Israel, vemos seus inimigos utilizando do recurso de bloquear a água nos aquedutos para fragilizar a cidade de Jerusalém.
A Palestina teve vários nomes: Canaã, Palestina (significa “terreno dos Filisteus), Terra Prometida (terra que Deus havia prometido a Abraão), Terra de Israel, País dos Hebreus e a Terra do Eterno (I Samuel 13:19; Gênesis 40:15 e Levítico 25:23).


MAPA DO MAPA DO MUNDO ANTIGO





No mundo antigo, a Palestina era área de passagem para antigos Impérios como: MESOPOTÂMIA e Ásia Menor (Egito).
A Palestina Bíblica não tinha grande importância política, nem tão pouco tinha uma grande importância cultural,  mas era uma região estratégica e de grande importância religiosa.
Devido às limitações da época e as barreiras naturais, era grande a dificuldade de comunicação bem como de locomoção.
Havia uma única rota que percorria a região – A Palestina antiga:
Æ     Em tempos de paz passavam caravanas comerciais;
Æ     Em tempos de guerra, servia às tropas muitas vezes de países inimigos.
Qual era esta via: De DAMASCO à GALILEIA, até a COSTA SUL DO MONTE CARMELO e daí pela PLANICIE LITORÂNEA até a fronteira do EGITO.
O Jordão era de difícil acesso ao lado ocidental.
Os Hebreus nunca foram grandes navegadores porque os Filisteus dominaram durante longo tempo a Costa do Mediterrâneo.
Neste contexto, uma Nação nasce a partir de uma família – a de Abraão.
Nos dias de Abraão já havia as civilizações da BABILÔNIA e EGITO.
Abraão (CERCA DE 2.166 a . C.), cujo pai era Terá, provavelmente de origem acadiana, viveu na cidade de UR dos Caldeus. Ur era uma cidade Sumeriana, localizadas as margens do RIO EUFRATES e depois em HARÃ na Mesopotâmia, antes de fixar-se em Canaã. Por isso as explicações quanto a costumes dele e dos patriarcas serem baseados na cultura da Mesopotâmia (cerca de 1500 a . C.). Muitos destes padrões, até mesmo religiosos, denotam influencias destas culturas. Por exemplo: no episódio em que Abraão mente sobre sua esposa Sara para não ser morto, foi porque era comum aos povos sumerianos matar os maridos para ficarem com as suas esposas, ou quando ele procura uma escrava para gerar seu filho.
Progressos foram notórios nesta época, por exemplo, a arte de escrever que nasceu muito antes de Abraão.
Após passar por várias jornadas, até mesmo no Egito, Abraão se estabelece em HEBROM, onde se dá o início da Nação de Israel. Abraão governa sobre a Terra Prometida.

Migração de Abraão (Gênesis 11:31 até 25:8)

Abraão sai de Ur, mais tarde chamada de Caldeia. Subiu com parte de sua parentela para Harã (grande centro comercial da Mesopotâmia). Trajeto de 1.600km. Após a morte de seu pai Terá, Abraão partiu para Canaã. Deu uma breve parada em Damasco (cidade mais antiga do mundo). Depois parou em Siquém, que veio a ser a primeira morada de Abraão em Canaã. Em Siquém Abraão construiu um altar ao Senhor e O adorou, assim como em Betel.
Por motivo de fome em Canaã, Abraão vai ao Egito e volta para Betel. Em Hebrom armou sua tenda. Foi aí que Abraão tem uma discussão com Ló e veio a se separar dele. Em Hebrom faz um Pacto com Deus. Nasce Ismael, Abraão viveu durante algum tempo em Berseba onde fica o Monte Moriá, local em que Abraão é provado em sua fé. Sara morre em Hebrom e Abraão junto a ela foi sepultado na caverna de Macpela.

Isaque (Gênesis16 )

Vive em Beer-Laai-Roi que significa “Poço do Vivente que me vê” entre Cades e Berede, Gerar (principal cidade dos filisteus nos dias de Abraão), Reobote (sul de Berseba), Berseba e Hebrom.

Jacó (Génesis 28-50)

Foge para Harã, no caminho passa por Berseba, Betel onde tem a visão da escada celestial até Harã. Regressa à Canaã, deixa Labão em secreto, vai até Mispa (Gênesis 31:49). Depois a Maanaim, onde foi consolado por anjos. Depois a Peniel, próximo ao vale de Jaboque (lado oriental do Jordão), onde Jacó tem um encontro com o anjo e se reconcilia com Esaú. Então Sucote (no vale de Jaboque), Betel onde renovou seu pacto com Deus. Depois a Efrata ou Belém próximo a Jerusalém onde foi enterrada Raquel e finalmente Hebrom onde encontrou seu pai. Em Hebrom José é vendido em Dotã (24km de Siquém). Anos depois viaja para o Egito devido a fome em Canaã. No Egito sua família habita  Gósen. Quando de sua morte, seus restos mortais voltam para Canaã em Hebrom onde foi sepultado (Macpela).

MAPA DO EGITO E SINAI - ÊXODO E VIAGEM À TERRA PROMETIDA


Este relato histórico dá início ao livro do Êxodo, quando os israelitas são obrigados a trabalhos forçados em Pitom e Ramessés.
Provavelmente o Faraó nesta ocasião era Pi-ramassés.
Na realidade, Egito foi o berço da nação Israelita. Com a convivência com o Egito, civilização mais adiantada da época (nas ciências, artes, cultura, etc...) familiarizou-se com o melhor daqueles dias.
Egito tem aproximadamente 24.489 km2. Seu principal rio é o Nilo que forma uma planície grande com extensão até o Mar Mediterrâneo.
Cidades egípcias onde ocorreram fatos mencionados pela Bíblia:
§         Mênfis ou Noph – Principal residência dos Faraós;
§         Zoa – Em suas imediações tiveram lugar as maravilhas que Deus operou por intermédio de Moisés (Isaías 19:13).
§         Ramessés – Cidade construída pelos israelitas. Entre  o Nilo e o Canal de Suez (Gênesis 47:11).
Habitantes do deserto: Amalequitas, Queneus, Edomitas.
A Peregrinação do Povo no Deserto:
Ao sair do Egito, não puderam ir à Canaã pela direção Noroeste por ser o caminho dos Filisteus, viram-se obrigados a virem para o sul em direção ao Mar Vermelho (Êxodo 13:17-18).
A Marcha do Povo de Ramessés ao Sinai (Êxodo 12:37 à 40):
Æ     RAMESSÉS – Cidade de Gosén – Lugar de reunião do povo;
Æ     SUCOTE – Lugar de acampamento – Leis sobre a Páscoa e a primogenitura;
Æ     ETÃ – Na margem do deserto – As colunas de nuvem e fogo;
Æ     PI-HAIROTE e BAAL-ZEFOM –A perseguição de Faraó;
Æ     MAR VERMELHO – A travessia dos Israelitas. A distância de uma margem a outra era de 1km.;
Æ     MARA E ELIM – No deserto – O saneamento das águas. A abundância de águas e palmeiras;
Æ     DESERTO DE ZIM (SIM) – Murmuração do povo. Provisão de codornizes e de Maná. A instituição do Sábado.
Æ     REFIDIM – Entre o Deserto de Zim e o Monte Sinai – Erupção de água na rocha. Derrota dos amalequitas. Atenção de Moisés ao conselho de Jetro.
Æ     DESERTO DE SINAI – Pé do Monte Sinai -  Promulgação da Lei . Adoração do bezerro de ouro. Construção e consagração do Tabernáculo. A numeração e organização do povo.
Do Monte Sinai a Cades-Barnéia (Números 11-14)
            O povo ficou no Sinai por cerca de 1 ano, subindo então pelo Deserto de Parã rumo a Cades-Barnéia.
Æ     TABERÁ – Murmuração castigadas pelo fogo. O pecado do descontentamento;
Æ     QUIBROTE-TAAVÁ – Entre Sinai e Hazerote – A milagrosa provisão de codornizes. O enterro dos cobiçosos e a eleição dos 70 anciãos.
Æ     HAZEROTE – A conjuração contra Moisés urdida por Miriã, e o castigo a ela imposto. Reconhecimento através dos espias. 10 desanimaram e 2 foram à favor.
De Cades-Barnéia ao Monte Hor, Eziom-Geber e Regresso (Números 23). Período de 28 anos.
Numa 2ª vez o povo se acampa em Cades. De Cades a Eziom-Geber. De Eziom-Geber voltaram a Cades Barneia completando a jornada de 38 anos.
Æ     CADES-BARNEIA – A desobediência de Moisés. Edom nega permissão de trânsito a Israel. A vitória israelita sobre o rei cananeu de Arade, em Hormá,.



De Cades- Barneia à Canaã (Números 20:22-34):

Æ     MONTE HOR – As margens de Edom – A morte de Arão e a praga das serpentes;
Æ     ELATE – Margens oriental do deserto de Parã – A cura dos feridos mediante a serpente de metal colcoada numa haste.
Æ     ZEREBE –A travessia do ribeiro;
Æ     MOABE – A profecia de Balaão, o pecado de Baal-Peor, Campanha contra Mídia e Moabe, A partilha da herança de duas meias tribos; A divisão da Lei e recapitulão das jornadas; A morte de Moisés no Monte Nebo.




A DIVISÃO DAS TRIBOS


Quando o Povo de Israel entra na Terra Prometida ou Palestina, estão circundados por cananeus que foram gradativamente exterminados (Juízes 1:21, 28, 30, 32; 2:23).
Alguns povos que habitavam Canaã quando os Israellitas chegam: Refains (Deut.3:11), Zansumins (Deut. 2:20-21), Emins (Gênesis 14:5 e Deut.2:10-11), Horeus (Gênesis 14:6 e Deut. 2:12), Aveus (Deut.2:12), Fenícios (Josué 13:4), Cananeus (Gênesis 15:21), Filisteus (Josué 13:2-3), Heteus (Josué 1:4), Girgaseus (Gênesis 15:21), Heveus (Josué 9:7, 17), Fereseus (Gênesis 34:30 e Josué 17:15), Jebuseus (II Samuel 5:6-9) e Amorreus (Josué 7:7).
O período de conquistas foi de 7 anos, tempo em que os hebreus tomaram posse da Palestina. Porém, a dominação completa só veio  quando Davi capturou Jerusalém destruindo o poder dos filisteus.
Dá-se início ao período dos Juízes. Líderes escolhidos pelo próprio Deus para governar sobre o povo. Período que durou 330 anos
A conquista da terra se realizou gradativamente.
A Bíblia relata que não foram poucas as vezes que assimilaram os costumes e por vezes até as religiões de seus vizinhos, como a exemplo, a adoração à Baal.
Uma vez tendo Moisés, o grande líder que levou o povo à Terra Prometida em unidade, morrido sem contudo entrar nela, houveram ocasiões em que o povo ficou sem uma liderança  firme. Não havia unidade e muitas vezes o  povo se corrompeu. Nestes casos Deus permitia ataques dos inimigos como Midianitas, Cananeus e Filisteus.

Divisão das tribos foi desigual: Gade e Ruben e ½ tribo de Manasses  na região oriental -   região transjordaniana. Eram tribos ricas em gado. Foram as primeiras a se fixarem. (Números 32 e I Crônicas 5:18).
Tribo de Rúben (Números 32:1-38) – Cidades: Aroer, Bezer, Hesbom, Jaza, Lasa,
Tribo de Gade (Números 32:34-36) e Josué 13:24-28) – Cidades: Menife, Jazer, Maanain (Cidade importante desde os dias de Jacó), Peniel (Ref. a Jacó), Sucote, Ramote em Gileade (Cidade de Refúgio), Jabes Gileade e Bete-Nimra.
Tribo de Manasses Oriental (Números 32:39-42) Cidade: Quenate, Edrei, Gola (cidade de Refúgio), Astarote, Afeque, Salcá;
Tribo de Simeão (Josué 19:1-9) – Cidade: Berseba, Ziclague (foi dada pelo rei Aquis a Davi – centro de suas expedições militares); Sefate ou Hormá, Gerar e  Arade.
Tribos de Judá (Josué 15:1-63) – Haviam 115 cidades, cedeu 18 a Simeão, Dã e Benjamin): Hebrom (Cidade de Refúgio), Belém ou Efrata, Carmelo, Tecoa e Bete-Semes, Azeca, Quiriate-Jearim.











 
No período dos Juízes a mentalidade do povo era tribal. Cada um na sua tribo e não havia unidade. Foram 450 anos de juízes, ou seja, desde o Sinai até Davi ser entronizado rei e 8 juízes, inclusive uma mulher chamada Débora.

MAPA DAS DIVISÕES DE TRIBOS






























Tribo de Benjamim (Josué 18:11-28) – Jebus, Gilgal (Tabernáculo ficou aqui por algum tempo. Palco de ação de Oseias e Amós), Jericó (destruída na conquista e reconstruída), Aí (primeira derrota do Povo, devido a Acã), Betel (Arca da Aliança ficou aqui um tempo), Ramá, Anatote (lugar do nascimento de Jeremias), Gibeá (residência do rei Saul), Micmás, Gibeom, Mispa (nos dias dos Juízes, ponto de encontro das tribos).
Tribo de Dã (Josué 19:40-48 e Juízes 18) – Cidades: Timna, Aijalom, Elteque, Zorá, Ecrom, Lida, Jope (cidade de onde Jonas fugiu para não ir à Nínive), Estaol.
Tribos de Efraim (Josué 16:5-10 e 17:14-18) – Cidades: Timnate-Sera (residência e sepultura de Josué), Siquém (Cidade de Refúgio), Silo (foi local da Arca da Aliança e do Tabernáculo – Centro religioso do País), Bete-Horom, Gezer, Samaria.
Tribos de Manasses – Ocidental (Josué 17) – Cidades: Ofra (residência de Gideão), Taanaque, Dota (Eliseus feriu de cegueira as hostes assírias), Ibleã, Dor, Em-Dor (Saul consultou a pitonisa), Megido  (ponto estratégico militar).
Tribo de Issacar (Josué 19:17-23) – Cidades: Em-Ganim, Suném (cidade da Sunamita de Eliseu), Jezreel (local da morte de Jezabel).
Tribo de Aser (Josué 19:24-31) – Cidades: Misal e Abdom, Acsafe, Cabul, Reobe, Afeque, Aço.
Tribo de Zebulom (Josué 19:10-16) – Cidades: Gate-Hefer (cidade natal de Jonas), Quislote-Tabor, Catate (Caná da Galiléia), Quitrom e Naalol, Belém (Belém de Judá e não a cidade de Davi).
Tribo de Naftali (Josué 19:32-39) – Cidades:Quedes, Hamote-Dor e Carta (Cidade de Refúgio), Ijom, Hazor (reduzida a cinzas por Josué. Reconstruída sob o comando de Débora), Migdal-El, Abel-Bete-Maaca.
Eram 48 as cidades dos levitas, 6 das quais cidades de refúgio


MAPA DOS REINOS DE SAUL, DAVI E SALOMÃO




O período do Reino Unido abrange 120 anos, e é dividido entre: O Reinado de Saul; O Império de Davi e o Império de Salomão.
Neste período há uma pressão muito grande por parte do principal inimigo dos Hebreus. Os Filisteus. Foram conquistando territórios ao norte pela planície costeira. Deslocaram os filhos de Dã (Juízes 1:34). Ocuparam Gibeá – Tribo de Benjamin (I Samuel 13:3) nos dias de Saul, local de sua residência. Em I Samuel 9:16;10:7 Samuel conclama o povo a lutar contra o adversário. A guerra contra os Filisteus é relatada em I Samuel 13,14 à 17. Em Gilboa, Saul e Jonatas são mortos (I Samuel 31).
            Em Hebrom Davi é aclamado Rei (II Samuel 2:1).
Davi consolida seu reino e domínio sobre os Filisteus (II Samuel 5).
  1. O Reinado de Saul
Israel está sob a administração do sábio Samuel, mas, alimenta uma inquietação nacional pelo desejo de, assim como povos visinhos, ter um rei. Do ponto de vista deles uma forma mais estável de governo, já que, como vimos o período dos Juízes fora muito instável e sem unidade.
3 Fatores determinaram o estado de ânimo nacional neste sentido:   A presença de uma guarnição de filisteus em Gibeá; Rumores de ameaça dos Amonitas; e Descontentamento pela má administração dos filhos do Juiz, como governadores.
Foi apresentado então, um pedido unânime à Samuel solicitando um rei. Saul é  eleito primeiro rei de Israel em I Samuel 8:19-20.
Resumo do seu reinado:
I – Sua Eleição – I Samuel 9 à 12:
Cidades relacionadas com este momento histórico:
  • Rama ou Ramataim-Zofim – Rama de Benjamin – Lugar de nascimento, residência e sepultura de Saul (I Samuel 1:1)
  • Mispa – Localidade desconhecida, provavelmente a norte de Jerusalém. Saul é apresentado ao povo como rei;
  • Gibeá – Entre Jerusalém e Rama. Ponto de residência de Saul que serviu de capital do seu reino.
  • Gilgal – No vale do Jordão. Onde foi reconhecido pelo povo sua capacidade militar depois  da derrota de Amom, em Jabes-Gileade.
Neste período menciona-se também: Salaisa e Saalim, cidades de Efraim e Zufe, próximo a Benjamin.

II – Suas Campanhas:
·         Campanhas Internas: 1º)  A primeira filistéia – Jonatas dirige esta primeira fase atacando o Inimigo em Gibeá e depois em Micmás em I Samuel 13 e 14;
2º) A segunda filistéia – Menciona-se pela primeira vez Davi. Os filisteus acampados em Efes-Damim ou Socó na beira do rio Ela. Os Israelitas de um lado do rio e os filisteus do outro lado. Neste confronto é morto Golias. Os Israelitas perseguem os filisteus e os derrotam em Ecrom e Gate (I Samuel 17-18).
·         Campanhas Externas: 1º) Os Amonitas – Tribo cruel que habitava o deserto estava constantemente tirando a paz de Israel. Invadiram a região transjordânia em Jabes-Gileade. Saul dirigiu-se a Jabes onde derrota contundentemente os invasores. Recebe o reconhecimento do povo como rei – I Samuel 11:1-15. 2º) A moabita e a edomita – Havia uma aliança entre Amon, Moabe e Edom e provavelmente a derrota de Amon determinou a batalha contra Moabe e Edom também. I Samuel 14:47. 3º) Os amalequitas faziam incursões constantes ao território de Israel, que faziam com que Israel estivesse em contínuo estado de alerta. Chega o dia que Saul, em Telaim, entre Berseba e o Mar Morto, marcha contra os amalequitas. Tem vitória  porém poupa a vida de Agague, o rei e o melhor do gado, sem consultar a Samuel. Em Gilgal, Samuel o repreende duramente e declara que ele havia sido rejeitado por Deus como rei. Daí por diante notamos uma decadência espiritual de Saul (I Samuel 14:48-15:1-35).

III – Sua Perseguição a Davi I -  Samuel 19-28:
Para Davi foram longos meses tendo que fugir de um lugar a outro.
Lugares relacionados com a perseguição da Davi:
·         Gibeá – Quartel general  e capital do reino de Saul;
·         Rama – Muitas vezes os mensageiros do Rei chegaram para prender a Davi;
·         Gibeá – Davi e Jonatas fazem uma aliança e se despedem;
·         Nobe – Cidade de Benjamim. Aqui os sacerdotes alimentam os homens de Davi. A Davi é entregue a espada de Golias. Saul manda matar os homens de Davi, os 85 sacerdotes, e, até mesmo os habitantes da cidade;
·         Gate – O povo da cidade não o quis ali por considerá-lo pernicioso;
·         Caverna de Adulão – Localização duvidosa. Mais ou menos a 10 km de Belém que serviu de esconderijo para Davi. Reuniu ali um contingente de endividados e descontentes;
·         Mispa de Moabe – Fica durante um tempo aos cuidados do rei de Moabe. Em Mispa é orientado por Gade (profeta) a sair e levar seu exército para:
·         Herete – Bosque nas visinhanças de Hebrom;
·         Queila – Note de Hebrom. Defende a cidade dos Filisteus mas é traído por este povo.
·         Zife – Ao sul de Hebrom. Davi sofre o risco de ser traído pelos zifeus;
·         Maom – Saul quase pega Davi, porém, devido ao surgimento dos filisteus nas imediações da cidade, é obrigado a defender a cidade contra eles;
·         En-Gedi – Ocidente do Mar Morto – Saul reúne 3.000 homens e persegue Davi. Enquanto Saul dormia numa caverna, Davi corta  a orla do seu manto demonstrando que sua vida estava em suas mãos.
Depois de passar por todos estes lugares fugindo, resolve ir à Filistia, em Gate cujo rei o recebe cortesmente e lhe dá Zigagle (16 km de Gaza). Aqui Davi reside durante os últimos dias de reinado de Saul. Num momento ao voltar de uma campanha, encontra sua família levada cativa por bandoleiros amalequitas. Os perseguiu e recuperou tudo que haviam roubado, incluindo despojos de guerra. Com a morte de Saul, Davi radicou-se em Hebrom onde o fizeram  rei de Judá. Após alguns anos, tornou-se rei de todo Israel.
A morte de Saul – I Samuel 31. Num combate contra os Filisteus. Saul e seus homens em Jezreel e os filisteus em Gilboa. Saul consulta uma médium em En-Dor e morre na batalha.
Nos dias de Saul são lançados fora do território de Israel, definitivamente os amalequitas e os amonitas, e o poder dos filisteus chega a seu alge. Encontravam-se na planície marítma, Esdraelom e na Cordilheira central.
  1. O Império de Davi – II Samuel 5-24
Davi se destacou dentre os reis de  Israel, tanto pela nobreza de seu caráter quanto por sua obra política. Logo percebeu que o sucesso do seu reinado dependia da unidade de seu país. Seu primeiro passo foi trazer confiança ao povo e depois então subjulgar as tribos cananeias. Estas que, durante a época dos juízes e reinado de Saul haviam tentado livrar-se do seu jugo sob a Nação. Depois desta etapa, concentrou-se  num programa de conquista das tribos visinhas e na organização do Império de Israel. Por ocasião de sua morte, Israel já tinha o território muito mais amplo que quando assumira o Reinado.

Sua Obra: Unificação do País e Subjulgação das Tribos visinhas

I – Unificação do País:
Davi reinou 7 anos sobre Judá sendo sua capital, Hebrom. Depois então foi eleito rei sobre todo Israel.   Empenhou-se em unificar então, o reino, da seguinte maneira (II Samuel 1 à 5:12):
·         Sitiou Jebus – Era uma fortaleza mantida pelos Jebuseus e era tida como uma cidade inexpugnável. Davi a tomou convertendo-a em Sede da unidade política e religiosa, pois levou para lá a Arca da Aliança (II Samuel 5:6-9).
·         Destruiu o poder filisteu – Foram 2 batalhas no Vale de Refaim (ao sul de Jerusalém). Em Gate desorganizou a confederação filistéia e pois fim às guerras entre os 2 povos. Voltou então sua atenção às conquistas das tribos visinhas (II Samuel 5:17-25).

II – Subjulgação das tribos visinhas
Quais foram estas:
  • Moabe – Segundo Josefo (historiador) esta guerra teve início devido à matança dos pais de Davi em Moabe (II Samuel 8:2);
  • Zobá e Damasco – Zobá era um dos reinos sírios entre o Eufrates e Damasco. Os de Damasco fizeram uma aliança com os moradores de Zobá para oporem-se a Davi. Davi os derrotou obtendo despojos de muitos escudos de ouro  e grande quantidade de bronze (II Samuel 8:12-13);
  • Edom – Foi travada perto de Petra, sua capital (II Samuel 8:14);
  • Amom – Os amonitas haviam se aliado  com pequenas tribos sírias (Zobá, Bete-reobe, Tobe e Maaca ao norte do país). Houve 3 grandes batalhas: Medeba (próximo ao Mar Morto), Helã (localização desconhecida)  e em Rabã (capital dos Amonitas).
Todas estas guerras visavam a segurança de Israel em face de agressão estrangeira evitando assim uma eventual infiltração de inimigos e do paganismo destas nações. Quando chega a entregar o Império a seu filho, Salomão, era o mais forte Império da época. Nesta época, as Nações eram pequenas, a Assíria não chegara a ressurgir e o Egito estava decadente.

  1. O Império de Salomão – I Reis 2-11
Considerando...
1)      Sua (grandeza; 2) Suas Obras Públicas; 3) Seu caráter; e 4) Sua desintegração.

1)      Grandeza: Nenhum rei de Israel iniciou seu reinado com maiores vantagens do que Salomão. O Império entregue por seu pai estava no apogeu.
A)    Extensão territorial – Davi já havia conquistado todo o território que Deus havia prometido a Abraão.
B)     Prosperidade material e prestígio militar – Davi havia acumulado muitas riquezas. Juntamente com o que mais Salomão conseguiu, a corte era de explendor e magnificência. Em seu gabinete mantinha sábios e aguerridos chefes que haviam ajudado a Davi na expansão e consolidação do Império (I Reis 10:27).
C)     Prosperidade moral e religiosa – A trasladação da Arca da Aliança por Davi para Jerusalém, bem como reformas realizadas por ele, avivaram a vida religiosa do País. Além disso, Salomão reinava em paz e o povo todo o amava como amou a seu pai Davi. Deu início a seu reino com  grandeza, fama e renome. Nenhum outro reino após este foi igualado a este.
2)      Obras Públicas – Não ampliou as conquistas territoriais de seu pai, mas, dedicou-se ao desenvolvimento econômico e cultural do seu Império. Erigiu um suntuoso templo no Monte Moriá (sonho de seu pai Davi). Edificou muros em Jerusalém. Edificou a cidade de Megido (sul de Esdraelom) e Azor. Reedificou Gezer e fez fortificações nas cidades de Bete-Horom, Hamate e Tadmor (próximo a Damasco), e em Baalate, cidadade-armazém, perto de Gezer (I Reis 9:17-19).
3)      Caráter – Reinou por 40 anos pacificamente, com raríssimas exceções, a exemplo do conflito contra Jeroboão, um dos capatazes da obra de construção da Torre de Milo (fortaleza de defesa do Templo). Mais tarde este mesmo veio a tirar 10 tribos da “Casa” para fundar com elas o Reino do Norte (I Reis 11:11-36).
4)      Desintegração – Altos impostos haviam sido determinados por Salomão. O povo de início pagou-o com alegria até a construção do Templo – a “Casa de Deus” e a construção de um palácio digno do rei. Mas com o tempo, os impostos tornaram-se pesados demais. Logo começou a haver descontentes que exigiram de Roboão, filho do Rei, que aliviasse a pesada carga. Como não houve mudança, começou uma revolta. Todas as tribos, menos Judá e parte de Benjamin desconheceram a autoridade de Roboão e elegeram a Jeroboão como rei. Assim começa a divisão definitiva do Povo de Israel: Judá e Israel.
Neste período político (975AC) tínhamos:
·         Reino da Síria – Norte do Monte Hermom. Sua capital era Damasco e mais tarde caiu no poder da Assíria.
·         Reino de Israel – Formado pelas 10 ½ tribos. Sua primeira capital foi Siquém e mais tarde TIRZA. Até que Onri construísse Samaria que tornou-se capital permanente – I Reis 15:21, II Reis 15:14.
Seus Centros religiosos:
A Lei de Moisés exigia que os homens hebreus fossem 1 vez no ano à Jerusalém para festividades religiosas. Jeroboão então, temendo este contado e peregrinação à Jerusalém, institui uma nova ordem de culto: a adoração  a 2 bezerros de ouro que “representavam” Jeová, construindo 2 templos, um em Dã e outro em Betel (I Reis 12:26-30).
·         Reino de Judá – Tribo de Judá além de parte da tribo de Benjamim. Sua capital e centro religioso sempre fora Jerusalém. (I reis 12:18-19).
·         Reino de Moabe – Era sujeito a Israel, porém tinha seu próprio governo pagando tributos a Israel. (II Reis 1:1).
·         Reino de Edom – Dominado por Davi pagava tributos à Jeorão, tempo que se libertou completamente. (II Reis 8:20-22).

MAPA DOS REINOS DE ISRAEL E JUDÁ


Este período vai abranger o resumo histórico dos 2 reinos: Judá e Israel, abrangendo um período desde a divisão do reino até a queda de Judá: Período da Desintegração do Reino de Davi (975-884); Período Sírio (884-839); Restauração de Israel (839-772); Queda de Israel (772-721) e Queda de Judá (721-586).

1.      Perído da Desintegração – Se caracteriza basicamente pela luta entre Síria, Israel e Judá pela supremacia. Em Israel – do reinado de Jeroboão a Jeú; Em Judá – do reinado de Roboão à Joás.
No início deste período haviam muitas guerras entre Israel e Judá, porém, com o crescente poderio da Sìria, tiveram que unir forças contra um Inimigo em comum.
Acontecimentos Principais:
-          Ascenção de Jeroboão ao trono, trazendo o fracionamento do reino de Salomão (I Reis 12:30);
-          Invasão de Sisaque, rei do Egito e a perda de todos os tesouros do Templo (II Crônicas 12:1-9);
-          Guerras de Jeroboão contra Judá que terminaram com a derrota de Israel na batalha de Zemaraim, perto de Betel (II Crônicas 13);


- Invasão de Judá, por Zera e a vitória de Asa, em Maressa ao sul de Judá  (II Crônicas 13)
- Guerras entre a Siria e Israel (Ireis 20-22)
- Invasão de Judá pelas forças aliadas de Amom, Moabe e Edom e sua destruição no Vale de Beraca (ou Vale da Benção) ao sul de Jerusalém (II Crônicas 20);
- Guerra dos reis aliados de Judá, Israel e Edom contra Moabe e a derrota de Moabe em Quir-Haresete (II reis 3)
- Rebelião de Edom contra Judá, quando Jeorão, provalvelmente em Petra ou Sela vence. Desde então Edom deixou de pagar tributos a Judá (II reis 8:16-22).

  1. Período Sírio
Período que começou com 3 revoluções no mesmo ano – Damasco, Samaria e Jerusalém. Hasael se apoderou do trono da Síria, Jeú de Israel e Atalia, rainha-mãe, de Judá.
Hasael volta sua atenção ao sul para conquistar, conseguindo subjulgar as tribos transjordânicas e depois reduziu Israel a vassalo, tomou Gate e só a entrega de um forte tributo impediu o cerco de Jerusalém (II reis 12:17-18 e II Crônicas 24:23-24).
      ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS durante este período:
·         Ascenção de Hazael ao trono da Síria, de Jeú em Israel e Atalia em Judá (II Reis8:7-15);
·         Destruição do Culto a Baal em Israel (II reis 10:1-31);
·         Conquistas transjordânicas (II reis 10:32-35);
·         Morte de Atalia (II Reis 11);
·         Reparações do templo por Joás (II Reis 12);
·         Profecias de Jonas e Joel;
·         Subjulgação de Israel por Hazael (II Reis 13:3);
·         Campanha de Hazael contra Judá e a captura de Gate (II Reis 12:17-18);
·         Morte de Hazael em 840AC;

  1. Período  da Restauração de Israel:
No início desta época Amazias, rei de Judá, depois de derrotar a Edom na batalha, entra em batalha contra Israel e sofre um fracasso humilhante em Bete-Semes. De imediato o exército das 10 tribos entram pela primeira vez em Jerusalém cujo rei insensato só conseguiu seu resgate mediante a entrega de tesouros e reféns.
Apesar do brilho do reinado de Hazael, a incapacidade de seus sucessores prontamente teve como resultado a perda total de sua hegemonia sobre os estados vizinho. Sob os reinados dos reis competentes, Joás e Jeroboão II, de Israel, o reino do norte chega ao ponto principal de sua extensão territorial, tendo conseguido:
·         Recobrar todo seu território perdido;
·         Conquistar grande parte da Síria;
Este foi um período de prosperidade nacional, todavia efêmero (II reis 14:12-14).

  1. A Queda de Israel:
Morto Jeroboão II, uma série de usurpadores se apoderou do trono, foi à anarquia reinante. A Síria havia caído ante o avanço dos poderos assírios, e Israel era impotente para oferecer-lhes alguma resistência eficaz.
ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS:
·         Queda da Síria:
·         Cativeiro de Israel – Domínio assírio sobre Israel. Assolou seu território e sitiou Samaria. Boa parte das tribos restantes foram levadas para Hala, província da Mesopotâmia e Habor na região da Assíria, próximo ao Eufrates, pondo assim termo ao reino de Israel. II Reis 15:19-29 e I Crônicas 5:26, II Reis 17:1-16.




  1. Queda de Judá:
O reino de Judá viveu em estado tributário dos assírios durante grande parte dos 135 anos que excederam ao cativeiro de Israel. No fim desta época os caldeus se apoderaram do Império Assírio, que daí por diante é conhecido como Império Babilônico (II Crônicas 32-36).
ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS:
·         Reformas religiosas levadas a efeito por Ezequias – Purificação do Templo, Restauração do Culto ao Senhor, Observância da Páscoa e Reforma do Povo (II Crônicas 29-31).
·         Libertação de Jerusalém dos Assírios mediante uma destruição sobrenatural de seu exércitos (II Crônicas 32:1-21);
·         Expatriação do ímpio Manassés, sua restauração ao trono como rei tributário, e sua subseqüente abolição de práticas idólatras (II Crônicas 33).
·         Tentativa de reforma do rei Osias e sua morte na batalha de Megido (II Crônicas 34-35)
·         Ascensão da Babilônia e o Cativeiro de Judá. No reinado de Joaquim pelo ano 605AC, Nabucodonosor invadiu Judá e o reduziu ao estado de vassalo conduzindo alguns personagens ilustres, inclusive Daniel para Babilônia. Era o início dos 70 anos de cativeiro (II Reis 24:8-16).
Dez anos depois que o rei Joaquim foi extraditado, o pérfido Zedequias rebelou-se contra o rei caldeu indo de encontro aos conselhos de Jeremias de não se fiar no apoio do Egito. Nabucodonosor vem a Jerusalém destruindo-a e queima o templo levando a maioria de seus habitantes para a Mesopotâmia..
Assim terminou a existência da nação como estado Judeu. (II Crônicas 36:2-21).

MAPA DO IMPÉRIO ASSÍRIO





MAPA DO IMPÉRIO BABILÔNICO, PERSA E GREGO






























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