sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO ESTADO BRASILEIRO DA REPÚBLICA DA ESPADA A ERA VARGAS.


DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO ESTADO BRASILEIRO DA REPÚBLICA DA ESPADA A ERA VARGAS.
        

Introdução
         Desde a proclamação da República em 1889, até a Era Vargas,  nota-se que o Estado Brasileiro se desenvolveu de acordo com as demandas das classes, ou grupos de pessoas mais influentes, dentro de cada momento histórico, bem como para tratar situações que ameaçavam a governabilidade do país, advindas de crises internacionais.
         Outro fator de desenvolvimento é a inclusão social de grupos até então marginalizados, e de temas até então considerados irrelevantes, como as questões ambientais e climáticas.
         No decorrer do desenvolvimento desse trabalho, tentarei detalhar essas mudanças, seus pontos positivos e negativos que determinaram o desenvolvimento do Estado Brasileiro.

República Velha:
O período conhecido como República Velha, teve seu início com o Governo Provisório, tendo como figuras chave os Marechais Deodoro da Fonseca, e Floriano Peixoto.
Por parte dos militares, havia uma tendência centralizadora para o governo, porém por parte das oligarquias rurais, queria um regime voltado aos estados, podendo assim aumentar seu poder de veto e ampliar seus interesses.
Os desenvolvimentos e mudanças verificados nessa fase em relação à monarquia foram: estatização da moeda, estímulo a indústria, baixa nos preços dos imóveis e alimentos, repressão aos movimentos monarquistas e proibição do jornal no Brasil.
Qualquer tipo de enfrentamento nessa fase era tratado com repressão.
Esse período que durou de 1889 até 1895 é conhecido como República da Espada, que caiu frente ao poder político dos Barões do Café de São Paulo, e dos Pecuaristas de Minas Gerais, dando origem a república do café com leite, e uma nova fase política para o Brasil, na qual os estados mais importantes economicamente conseguiam influenciar a política nacional. Em decorrência disso, os estados de São Paulo e Minas Gerais uniram suas forças em um pacto, no qual haveria um revezamento entre os presidentes das republica, sendo que apenas os de São Paulo e Minas Gerais seriam eleitos, inclusive pelo apoio oferecido pelos outros estados que dependiam de alguma forma do poder dos dois estados já citados. Esse pacto foi rompido pelo então Presidente Washington Luiz, que apoiou outro candidato, assim como ele paulista, Julio Prestes. O grupo dos paulistas fraudou a eleição, descontentando o grupo dos mineiros, que se uniram ao grupo dos políticos do Rio Grande do Sul e, através de um golpe, levaram ao poder Getúlio Vargas.
Como se pode ver, não havia nem mesmo o compromisso de honrar os acordos políticos naquela época, os interesses das classes ou grupos dominantes estava além do interesse nacional, se é que existia um interesse nacional claro e unânime.
Com a chegada de Getulio Vargas ao poder, começou um momento histórico chamado era Vargas, que trouxe consigo grandes mudanças, principalmente para a classe trabalhadora, mas também para os setores como imprensa, assistência social, indústria, etc.
Com Vargas também tivemos o período de ditadura no Brasil.
Em 1934, Vargas passou a fazer parte da Ação Integralista Brasileira (AIB), partido liderado por Plínio Salgado, de ideologia fascista. Em contrapartida, havia a Aliança Nacional Libertadora, liderada por Luiz Carlos Prestes, de ideologia comunista, e contrária a ideologia da AIB. Nesta época, houve um golpe contra o governo Vargas, que não deu certo, conhecido como Intentona Comunista, fato que Vargas utilizou para denunciar a existência de um plano comunista no país, e valendo-se disso, instaurou o Estado Novo, fechando o Congresso Nacional, criando uma nova constituição que lhe dava poderes sobre o legislativo e judiciário.
Vargas fechou os partidos políticos, inclusive a AIB, que tentou tirar Vargas do poder através de um golpe chamado Intentona Integralista.
Vargas voltou ao poder em 1950 pelo voto direto, ou seja, pelo desejo do povo. Porém, devido a oposição acirrada da UDN, liderada pelo jornalista Carlos Prestes, que sofreu um atentado no qual ficou evidenciada a participação da guarda pessoal de Vargas, chegou-se a crise final do seu governo.
Conclusão:

Mesmo nos primórdios da República, o Brasil conseguiu se inserir entre as grandes nações no contexto mundial. Porém fica evidente que os interesses de determinados grupos eram decisivos para os rumos das políticas praticadas no país. Fica evidente também que com a mudança do poder político para grupos diferentes, os pactos não eram mais respeitados, gerando confrontos entre grupos, devido aos interesses conflitantes em jogo.
Apesar de avanços incontestáveis no que se refere ao desenvolvimento da nação, fica claro que se houvesse, desde o início da República, uma política voltada para o Brasil como nação, que estivesse acima dos interesses grupais, com certeza estaríamos em melhores condições hoje, pois mesmo sem essa visão, o Brasil ainda conseguiu passar por crises, e hoje pode ser considerado como nação capaz de enfrentar situações, que deixam países do primeiro mundo preocupados e em dificuldades.
A história do Brasil, no período analisado, deixa-nos a clareza de que há uma explicação lógica para a dificuldade que temos em determinadas políticas, tais como as voltadas para a população de baixa renda, e que necessita do amparo do Estado. Nosso país durante décadas foi governado pelos interesses de classes que não necessitavam dessas políticas, classes auto suficientes nesses termos, enquanto que os necessitados delas ficaram abandonados por não terem voz.
Por isso a inserção das classes menos favorecidas no universo dos cidadãos que têm suas demandas atendidas pelo Estado é de suma importância para que nosso país passe para o grupo de países nos quais os cidadãos são tratados como prioridade pelo serviço público, já que os que prestam esse serviço são servidores públicos, ou seja, trabalham para atender ao público.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Apostila do curso de Especialização em Gestão Pública, módulo Básico, desenvolvimento e mudanças no Estado Brasileiro – Alcides Domingues L. Júnior.
http://www.infoescola.com

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