By Roberto Dias Duarte
| janeiro 29, 2010 Por *Aldo
Albieri
Métodos
como Kaizen, Just in Time, Kanban, mostram sua relevância, e suas metodologias
devem ser utilizadas até os dias de hoje.
A logística enxuta é uma extensão do
conceito de produção enxuta ou ‘lean manufacturing’, palavra que foi criada
para designar o sistema de produção desenvolvido pela Toyota nos anos 70
baseado no princípio do combate a todo e qualquer desperdício.
Desperdício pode ser entendido como
qualquer esforço ou iniciativa que não adicione valor ao produto ou serviço. Ou
seja, aquilo que o cliente não reconhece como uma atividade ou algo que mereça
ser remunerado, afinal, ele não vê o seu valor.
Ao analisar a cadeia de suprimentos
tradicional constatamos que a mesma convive com todos os tipos de desperdícios
e ineficiências, pois subestima a amplitude e os custos dessas perdas. Aplicar
os conceitos ‘lean’ à cadeia de suprimentos é investir nos fluxos de valor
eliminando todos os desperdícios e perdas, resultando na ‘Logística Enxuta’.
Podemos resumir que Logística Enxuta
(LE) baseia-se na aplicação dos conceitos Lean (Enxuta) à Logística. A base da
LE é o Kaizen, levando à melhoria contínua através da mudança de mentalidade.
Apesar de ser um projeto de longo prazo, os primeiros resultados não levam
tempo para aparecer.
Para otimizar os processos é preciso
que o mais alto escalão da empresa entenda o que é Lean e dar total apoio aos
projetos, pois essa metodologia não é uma ferramenta para redução de mão de
obra, ao contrário, ela é uma otimizadora de funções dentro de uma organização.
Agora, como podemos colocar em prática
a Logística Enxuta?
Para começar podemos estudar e entender
os sete princípios definidos por Taiichi Ohno na procura e identificação dos
desperdícios.
Taiichi nasceu na China em 1912 e
começou a trabalhar na Toyota em 1932 após obter graduação em Engenharia Mecânica. Em
1949 tornou-se gerente da Produção passando por vários cargos até assumir a
vice-presidência executiva em 1975 e foi o maior responsável pela implantação
do sistema Lean na Toyota.
A base de sustentação de produção da
Toyota foi a eliminação total do desperdício. O conceito listou os sete
desperdícios que devem ser eliminados da empresa. A superprodução, foi considerada uma das maiores fontes de
desperdício. A produção de produtos
defeituosos também gera desperdícios e retrabalhos, o estoque, produz itens a mais do que o necessário.
O
transporte, não agrega valor ao produto, e não sendo utilizado também é
desperdício. A operação em alguns
processos que poderiam nem existir também são considerados inadequados, materiais que aguardam em filas para
seu processamento, é perda de tempo, e a movimentação
desnecessária de pessoas também é considerada inviável dentro do conceito.
À partir da identificação dos
desperdícios, Taiichi desenvolveu vários métodos de combate a fim de
proporcionar os resultados esperados, como o just in time, Kanban, Poka-Yoke,
dentre outros. Tais técnicas são consideradas simples, no entanto, denotam alta
eficiência nos resultados. O kanban, por exemplo, trata-se de um registro ou
placa de sinalização que controla o fluxo de produção, isso permite a agilidade
da entrega e a produção necessária de peças. Já o poka-yoke é um dispositivo de
inspeção, que paralisa o processo até a identificação e correção de qualquer
erro, e o just in time, consiste no conceito de se produzir e estocar somente o
necessário.
Hoje, muitas pessoas ao ouvirem o termo
enxuta ou ‘lean’ argumentam que são técnicas antigas e já conhecidas. A questão
é que essas técnicas ainda são válidas e o grande desafio é colocá-las em
prática e obter seus resultados.
Quantas dessas pessoas realmente
utilizam estes conceitos no seu dia a dia?
É necessária uma mudança de mentalidade
e quebra de paradigmas para superarmos antigos e ineficientes modelos para
assimilarmos os conceitos Lean e colocá-los em prática.
Por
isso, além dos aspectos de eficiência, redução de custos e aumento da
competitividade, a consciência “lean” é sempre bem vinda e o planeta agradece!
Em tempos de economia de baixo carbono, como dizem os especialistas em
sustentabilidade, a logística enxuta é mais que um aliado. A LE trabalha a
favor da conservação do planeta pois o conceito pode ser
aplicado com baixos custos.
Logística enxuta surge como aliado
contra o desperdício
janeiro 29, 2010 por Webtranspo em- 22/01/2010
Conter o desperdício e a ineficiência no ambiente
de trabalho. Esta é a base da logística enxuta, uma extensão do conceito criado
pela montadora Toyota há quatro décadas, denominado Lean Manufacturing
(produção enxuta). A base é o método Kaizen, que se traduz em mudança de
mentalidade. Há também o Just in time, Kanban e Poka-Yoke, técnicas criadas
pelo engenheiro mecânico Taiichi Ohno, que bem aplicadas atualmente trazem bons
resultados nas operações.
Grandes players da economia nacional já descobriram
a sua eficácia e estão reduzindo custos em toda cadeia logística. Porém, o
conceito ainda carece ser entendido a fundo para que mais grupos empresariais o
adotem internamente.
De acordo com Aldo Albieri, especialista em
logística, tal metodologia não se resume a grupos de grande porte
(Mercedes-Benz, Nestlé, Bosch, Embraer), podendo ser aplicado também no
ambiente de empresas menores. ‘A relação cliente e fornecedor forma uma cadeia
e cada empresa precisa analisar e descobrir como eliminar o desperdício ao
longo dela, e em meio a esse processo encontram-se pequenas, médias e grandes
empresas’, declara Albieri.
O especialista afirma que o conceito ainda não é
muito difundido no País, porque a maioria dos empresários não se interessa em
conhecer o método do lean manufacturing. Segundo ele, 90% dos donos de empresas
não sabem do que se trata. ‘O que falta ao empresário é o interesse em conhecer
a filosofia para iniciar a implantação’, revela.
Albieri afirma que somente assim, se descobrirá a
eficiência da logística enxuta, que pode ser aplicada com baixos custos, pois
não envolve investimentos em tecnologia nem equipamentos. Apenas muda-se a
maneira de trabalhar modificando o cenário com melhorias contínuas. ‘A
logística enxuta prega a melhoria contínua em pequenos degraus sem alterações
em tecnologia e equipamentos. São pequenas mudanças que envolvem curtos prazos,
incentivando os grupos de pessoas que estão envolvidas naquele local de
trabalho a mudar o cenário atual’, prossegue.
O principal impasse para a aplicação da logística
enxuta é a quebra de paradigma. Tanto de diretores quanto de funcionários. ‘As
coisas foram feitas de uma certa maneira até hoje e serviram em um outro
contexto. Tudo o que foi realizado na cadeia logística não vai ser
desvalorizado, isso precisa ser passado para o funcionário, com a melhoria não
há corte no efetivo da mão-de-obra’, salienta Albieri. Por outro lado, o
diretor precisa estar aberto a mudanças. Na aplicação do conceito as alterações
acontecem de cima para baixo. ‘O gestor precisa comprar a ideia e formar um
grupo que estará disseminando até os níveis mais baixos do quadro de
funcionários, os quais colocarão em prática o projeto’.”
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