domingo, 16 de setembro de 2012

A importância da Logística Enxuta nas corporações




By Roberto Dias Duarte | janeiro 29, 2010 Por *Aldo Albieri

Métodos como Kaizen, Just in Time, Kanban, mostram sua relevância, e suas metodologias devem ser utilizadas até os dias de hoje.

A logística enxuta é uma extensão do conceito de produção enxuta ou ‘lean manufacturing’, palavra que foi criada para designar o sistema de produção desenvolvido pela Toyota nos anos 70 baseado no princípio do combate a todo e qualquer desperdício.

Desperdício pode ser entendido como qualquer esforço ou iniciativa que não adicione valor ao produto ou serviço. Ou seja, aquilo que o cliente não reconhece como uma atividade ou algo que mereça ser remunerado, afinal, ele não vê o seu valor.
Ao analisar a cadeia de suprimentos tradicional constatamos que a mesma convive com todos os tipos de desperdícios e ineficiências, pois subestima a amplitude e os custos dessas perdas. Aplicar os conceitos ‘lean’ à cadeia de suprimentos é investir nos fluxos de valor eliminando todos os desperdícios e perdas, resultando na ‘Logística Enxuta’.

Podemos resumir que Logística Enxuta (LE) baseia-se na aplicação dos conceitos Lean (Enxuta) à Logística. A base da LE é o Kaizen, levando à melhoria contínua através da mudança de mentalidade. Apesar de ser um projeto de longo prazo, os primeiros resultados não levam tempo para aparecer.

Para otimizar os processos é preciso que o mais alto escalão da empresa entenda o que é Lean e dar total apoio aos projetos, pois essa metodologia não é uma ferramenta para redução de mão de obra, ao contrário, ela é uma otimizadora de funções dentro de uma organização.

Agora, como podemos colocar em prática a Logística Enxuta?
Para começar podemos estudar e entender os sete princípios definidos por Taiichi Ohno na procura e identificação dos desperdícios.

Taiichi nasceu na China em 1912 e começou a trabalhar na Toyota em 1932 após obter graduação em Engenharia Mecânica. Em 1949 tornou-se gerente da Produção passando por vários cargos até assumir a vice-presidência executiva em 1975 e foi o maior responsável pela implantação do sistema Lean na Toyota.

A base de sustentação de produção da Toyota foi a eliminação total do desperdício. O conceito listou os sete desperdícios que devem ser eliminados da empresa. A superprodução, foi considerada uma das maiores fontes de desperdício. A produção de produtos defeituosos também gera desperdícios e retrabalhos, o estoque, produz itens a mais do que o necessário.

O transporte, não agrega valor ao produto, e não sendo utilizado também é desperdício. A operação em alguns processos que poderiam nem existir também são considerados inadequados, materiais que aguardam em filas para seu processamento, é perda de tempo, e a movimentação desnecessária de pessoas também é considerada inviável dentro do conceito.

À partir da identificação dos desperdícios, Taiichi desenvolveu vários métodos de combate a fim de proporcionar os resultados esperados, como o just in time, Kanban, Poka-Yoke, dentre outros. Tais técnicas são consideradas simples, no entanto, denotam alta eficiência nos resultados. O kanban, por exemplo, trata-se de um registro ou placa de sinalização que controla o fluxo de produção, isso permite a agilidade da entrega e a produção necessária de peças. Já o poka-yoke é um dispositivo de inspeção, que paralisa o processo até a identificação e correção de qualquer erro, e o just in time, consiste no conceito de se produzir e estocar somente o necessário.

Hoje, muitas pessoas ao ouvirem o termo enxuta ou ‘lean’ argumentam que são técnicas antigas e já conhecidas. A questão é que essas técnicas ainda são válidas e o grande desafio é colocá-las em prática e obter seus resultados.

Quantas dessas pessoas realmente utilizam estes conceitos no seu dia a dia?
É necessária uma mudança de mentalidade e quebra de paradigmas para superarmos antigos e ineficientes modelos para assimilarmos os conceitos Lean e colocá-los em prática.

Por isso, além dos aspectos de eficiência, redução de custos e aumento da competitividade, a consciência “lean” é sempre bem vinda e o planeta agradece! Em tempos de economia de baixo carbono, como dizem os especialistas em sustentabilidade, a logística enxuta é mais que um aliado. A LE trabalha a favor da conservação do planeta pois o conceito pode ser aplicado com baixos custos.

Logística enxuta surge como aliado contra o desperdício


By Roberto Dias Duarte | por Webtranspo em- 22/01/2010

Conter o desperdício e a ineficiência no ambiente de trabalho. Esta é a base da logística enxuta, uma extensão do conceito criado pela montadora Toyota há quatro décadas, denominado Lean Manufacturing (produção enxuta). A base é o método Kaizen, que se traduz em mudança de mentalidade. Há também o Just in time, Kanban e Poka-Yoke, técnicas criadas pelo engenheiro mecânico Taiichi Ohno, que bem aplicadas atualmente trazem bons resultados nas operações.

Grandes players da economia nacional já descobriram a sua eficácia e estão reduzindo custos em toda cadeia logística. Porém, o conceito ainda carece ser entendido a fundo para que mais grupos empresariais o adotem internamente.

De acordo com Aldo Albieri, especialista em logística, tal metodologia não se resume a grupos de grande porte (Mercedes-Benz, Nestlé, Bosch, Embraer), podendo ser aplicado também no ambiente de empresas menores. ‘A relação cliente e fornecedor forma uma cadeia e cada empresa precisa analisar e descobrir como eliminar o desperdício ao longo dela, e em meio a esse processo encontram-se pequenas, médias e grandes empresas’, declara Albieri.

O especialista afirma que o conceito ainda não é muito difundido no País, porque a maioria dos empresários não se interessa em conhecer o método do lean manufacturing. Segundo ele, 90% dos donos de empresas não sabem do que se trata. ‘O que falta ao empresário é o interesse em conhecer a filosofia para iniciar a implantação’, revela.
Albieri afirma que somente assim, se descobrirá a eficiência da logística enxuta, que pode ser aplicada com baixos custos, pois não envolve investimentos em tecnologia nem equipamentos. Apenas muda-se a maneira de trabalhar modificando o cenário com melhorias contínuas. ‘A logística enxuta prega a melhoria contínua em pequenos degraus sem alterações em tecnologia e equipamentos. São pequenas mudanças que envolvem curtos prazos, incentivando os grupos de pessoas que estão envolvidas naquele local de trabalho a mudar o cenário atual’, prossegue.

O principal impasse para a aplicação da logística enxuta é a quebra de paradigma. Tanto de diretores quanto de funcionários. ‘As coisas foram feitas de uma certa maneira até hoje e serviram em um outro contexto. Tudo o que foi realizado na cadeia logística não vai ser desvalorizado, isso precisa ser passado para o funcionário, com a melhoria não há corte no efetivo da mão-de-obra’, salienta Albieri. Por outro lado, o diretor precisa estar aberto a mudanças. Na aplicação do conceito as alterações acontecem de cima para baixo. ‘O gestor precisa comprar a ideia e formar um grupo que estará disseminando até os níveis mais baixos do quadro de funcionários, os quais colocarão em prática o projeto’.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário